O ouro fechou em alta após se recuperar da queda da sessão anterior, impulsionado por incertezas geopolíticas e expectativa pela ata do Fed. A prata disparou 10% na Comex. (Imagem: Adobe Stock)
Nesta terça-feira (30), o ouro retomou a trajetória de alta e fechou a sessão com ganhos, em recuperação da forte queda registrada no pregão anterior por conta do aumento de margem para contratos futuros anunciados pelo CME Group, maior bolsa de derivativos do mundo. O metal precioso também recebeu impulso das contínuas incertezas geopolíticas em relação a um possível acordo de paz entre Rússia e Ucrânia, bem como expectativas para a divulgação da ata da última reunião de política monetária do Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Na Comex, divisão de metais da bolsa de Nova York (Nymex), o ouro para fevereiro encerrou em alta de 0,98%, a US$ 4.386,3 por onça-troy. Já a prata para março saltou 10,6%, a US$ 77.919 por onça-troy.
Durante a sessão, os preços do ouro se recuperaram e, para o Sudden Financial, no curto prazo, os metais preciosos podem apresentar maior volatilidade, com movimentos bruscos provavelmente impulsionados por posicionamento e baixa liquidez, e não por fundamentos. No mesmo sentido, a prata também avançou, e analistas relembram que a especulação contribuiu para a disparada dos preços em 2025.
Na esfera geopolítica, hoje a Rússia informou que o sistema de mísseis Oreshnik, com capacidade nuclear, entrou em serviço ativo em Belarus, acrescentando preocupações sobre a possibilidade de um cessar-fogo no Leste Europeu com mediação americana. O anúncio aconteceu um dia depois de o Kremlin alegar uma suposta tentativa da Ucrânia de atacar a residência presidencial de Vladimir Putin.
Hoje, o mercado também aguarda a divulgação da ata do Fed, e a corretora Tickmill Group destaca que os mercados estão “de olho” na ata em busca de sinais mais claros sobre a trajetória dos juros do Fed em 2026. Caso o documento aponte para mais cortes nos juros no próximo ano, os preços do ouro devem se beneficiar.