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Petrobras (PETR3; PETR4): banco americano acredita em dividendos extras e passa a recomendar compra

Analistas observam a estratégia da estatal em equilibrar investimentos e distribuição de proventos. Veja

Petrobras (PETR3; PETR4): banco americano acredita em dividendos extras e passa a recomendar compra
Fachada da Petrobras. Foto: Adobe Stock

O Morgan Stanley elevou a recomendação de Petrobras (PETR3; PETR4) de equal-weight (equivalente a neutra) para overweight (equivalente a compra), com preço-alvo de US$ 20 para a American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da estatal, o que representa um potencial de valorização de 60% sobre o fechamento da última sexta-feira (23).

Em um relatório, os analistas Bruno Montanari, Thiago Casqueiro e Carlos Moraes destacam que o aumento se deve ao foco da companhia na remuneração dos acionistas, apontando positivamente o fato de que análises de mercado sugerem a possibilidade de distribuições extras aproximando-se de US$ 7 bilhões até o ano de 2025.

“A Petrobras se destaca por seu forte perfil de geração de caixa, com ativos de petróleo offshore ( “fora da costa”, se refere a uma forma de investir no exterior) de alta produtividade e baixos custos, diferenciando-se globalmente e assegurando fundos para dividendos futuros”, avaliam os analistas sobre a petroleira.

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Eles ainda destacam o fato de as ações terem se estabilizado, apesar da volatilidade frequente nos papéis, após terem registrado uma queda de 17% neste ano, apontando que as recentes mudanças de gestão sugerem uma redução no nível de ruído, potencialmente diminuindo a volatilidade.

Para o Morgan Stanley, o novo CEO e CFO reforçam a continuidade da estratégia de equilibrar investimentos e distribuição de dividendos, condicionada à disponibilidade de caixa excedente. Para o banco, este cenário sustenta a visão de um retorno total de 60%, dividido em apreciação do preço das ações da estatal, dividendos regulares e distribuições extraordinárias.

A previsão é de um rendimento de fluxo de caixa livre (FCF) para a Petrobras (PETR3; PETR4) de 22% em 2024 e 23% em 2025, superando significativamente a média do setor. Apesar dos riscos potenciais, como fusões e aquisições (M&As) e contingências fiscais, o Morgan Stanley não espera que estes afetem significativamente o FCF ou os dividendos de forma a comprometer a atratividade dos rendimentos.

* Com informações do Broadcast