As ações preferenciais da Petrobras (PETR4) estão entre as principais baixas do Ibovespa nesta sexta-feira (8). Às 14h42, os papéis da empresa recuam 8,44%, cotados a R$ 36,98, após oscilarem entre máxima a R$ 37,06 e mínima a R$ 35,10. Investidores seguem preocupados com a distribuição de dividendos da petroleira, após a empresa não anunciar o pagamento de proventos extraordinários.
Leia também
Somente nas primeiras horas da sessão, a companhia sofreu uma perda de R$ 53 bilhões em valor de mercado, de acordo com levantamento feito por Einar Rivero, da Elos Ayta Consultoria. As perdas são efeito de um comunicado divulgado na quinta-feira (7), no qual a Petrobras indicou uma proposta de distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, sem pagamentos extraordinários.
A decisão final sobre essa distribuição mínima será tomada durante a próxima assembleia geral ordinária que reúne todos os acionista da empresa, que está programada para ocorrer em 25 de abril. Vale lembrar que o governo Lula detém a maioria das ações votantes.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
Em videoconferência com analistas, Jean Paul Prates, presidente da Petrobras, fez esclarecimentos sobre o anúncio. “O Conselho, creio, que foi uma questão de timing, o dividendo é para distribuição de qualquer forma. Não pode pagar dívida ou investir, como falsas notícias que andam por aí. Isso é lucro, portanto dividendo. Clarificando isso, todo esse susto aí desaparece, porque sabe-se que essa reserva é dividendo e uma hora volta”, explicou Prates.
Além da questão relacionada aos dividendos, a empresa também havia divulgado na véspera o seu balanço do quarto trimestre de 2023. No período, e petroleira reportou lucro líquido de R$ 31 bilhões, 28,4% a menos do que o observado no mesmo intervalo de 2022. “O mercado está mais apreensivo por conta do comunicado relacionado aos proventos. Muito mais do que pelo próprio resultado, que na minha visão está bem em linha com as expectativas”, destaca João Daronco, analista CNPI da Suno Research.