A queda de produção da Petrobras (PETR3; PETR4) em julho pode ser atribuída, em grande parte, às paradas programadas pela companhia, principalmente nas plataformas FPSOs Cidade de Saquarema e P-69 no campo de Tupi, que ficaram fora de operação 14 e 9 dias, respectivamente, avaliou o BTG Pactual sobre dados preliminares da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) da produção nacional da commodity no mês passado. Veja o relatório de produção aqui.
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A estatal também enfrentou paradas não programadas nas plataformas P-74 (campos de Búzios e Tambuatá), P-40 (campos de Marlim e Sul de Marlim) e P-71 (campo de Itapu), o que impactou a produção em menos 43 mil barris por dia (bpd) durante o mês, informou o BTG.
“Apesar dos resultados mais fracos, não estamos excessivamente preocupados, uma vez que se espera que a produção se recupere assim que estas e outras atividades de manutenção forem concluídas”, afirmou o banco em relatório. “Somos compradores de Petrobras”, informa o banco dois dias depois do Morgan Stanley ter elevado a recomendação dos American Depositary Receipts (ADRs, recibos que permitem que investidores consigam comprar nos EUA ações de empresas não americanas) da empresa de neutra para compra – veja aqui.
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O BTG destacou que, mesmo em um cenário conservador, a petroleira deve fechar o ano dentro do intervalo estimado de produção para este ano, de 2,2 milhões de bpd, com margem de erro de mais ou menos 4%.
“Embora reconheçamos que ruídos ocasionais em torno de fusões e aquisições e investimentos em segmentos não essenciais possam continuar a pesar de vez em quando no desempenho das ações da Petrobras, continuamos otimistas quanto à tese de investimento”, afirmou.
Para o banco, a empresa continua cumprindo a sua estimativa de produção, ao mesmo tempo que mantém um menor nível de investimento, o que deverá oferecer uma assimetria positiva nas previsões de fluxo de caixa e Dividend Yield (DY) no futuro.
Segundo o BTG, o portfólio da Petrobras (PETR3; PETR4) ainda apresenta uma história de crescimento convincente ao longo dos próximos anos e mantém um dos menores custos de produção entre os seus pares.
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* Com informações do Broadcast