A diferença entre o preço do diesel nas refinarias da Petrobras (PETR4) e o mercado internacional atingiu uma defasagem positiva de 17% no fechamento de ontem, o maior desde o início de fevereiro, abrindo espaço para uma queda de R$ 0,55 por litro, segundo cálculos da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Já na gasolina, a defasagem está em 6%, também favorável a uma queda de R$ 0,17 por litro.
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“Apesar da estabilidade no câmbio, os preços de referência da gasolina e, principalmente, do óleo diesel apresentaram desvalorização no mercado internacional no fechamento de ontem, nas contas da Abicom, o cenário médio de preços está acima da paridade para o óleo diesel e para a gasolina“, informa. ]
A defasagem positiva abriu janelas para as importações nos seis polos do País, informa a entidade, com destaque para Itaqui (RS) e Itacoatiara (AM). Nesses dois polos foi registrada a maior defasagem para o diesel (18%) enquanto a gasolina está mais cara no Polo Suape (PE). com preços 7% acima do Golfo do México, usado como referência internacional.
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A Petrobras está sem reajustar a gasolina há 58 dias e o diesel há 36 dias. Ontem, a estatal elegeu seu novo Conselho de Administração, que junto com a nova diretoria que já tomou posse, devem desenhar uma nova política de preços para a empresa em substituição ao preço de paridade de importação (PPI), implantado em 2016.
Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a ideia é tornar a estatal mais competitiva no mercado de combustíveis e recuperar o espaço perdido pela gestão do governo anterior.
No polo de Aratu, na Bahia, onde funciona a única refinaria privada relevante para o mercado (Refinaria de Mataripe), com 14% do fornecimento interno, a defasagem do diesel é de 5% e da gasolina, de 4%. A Acelen, que controla a unidade, faz reajustes semanais, mantendo o preço mais alinhado com o praticado fora do Brasil.