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Petróleo tem alta e encerra semana com ganhos, com ameaças à oferta

A commodity energética se beneficiou nas últimas sessões da perspectiva de que a oferta se manterá apertada

(Argus Mordant/ Reuters)

O petróleo fechou em leve alta nesta sexta-feira, registrando ganho também no acumulado da semana. A commodity energética se beneficiou nas últimas sessões da perspectiva de que a oferta se manterá apertada no curto prazo, noção que foi reforçada pelo conflito geopolítico entre Ucrânia e Rússia, que pode ameaçar o suprimento russo do óleo.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para março avançou 0,24% (US$ 0,21), a US$ 86,82, subindo 1,97% na comparação semanal. Já na Intercontinental Exchange (ICE), o barril do Brent para o mês seguinte teve alta de 0,40% (US$ 0,35) hoje, e de 1,67% na semana, a US$ 88,52.

O acirramento das tensões geopolíticas provocadas pela atividade militar da Rússia na fronteira com a Ucrânia elevaram o prêmio de risco para o petróleo no mercado futuro, de acordo com o Rabobank. Hoje, o barril do Brent para abril superou a marca de US$ 90.

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“Há um rápido aumento do prêmio de risco geopolítico sendo precificado em commodities, à medida que a situação entre Rússia e Ucrânia se intensifica. Se a história servir de guia, esse conflito tem potencial para ser um grande driver do mercado de commodities, especialmente se houver interrupções no fornecimento, como vimos durante a Guerra Civil na Líbia em 2011, quando os preços do Brent subiram de US$ 90 para mais de US$ 125 em apenas quatro meses”, relembra o banco holandês em relatório. Na sessão de hoje, o enfraquecimento do dólar – que sucedeu o forte impulso da moeda em resposta ao posicionamento agressivo do Federal Reserve (Fed) – também contribuiu para os preços do óleo, mas a divisa americana tenha recuperou certo fôlego ao longo do dia.

Para a Capital Economics, o ciclo de aperto monetário que deve se iniciar em março nos EUA é uma má notícia para os preços de commodities, que devem sofrer com a provável alta do dólar durante este período. Isso ocorre pois elas são cotadas em dólar e encarecem com a apreciação da divisa, tornando-se menos atraentes a operadores que negociam com outras moedas. Para a próxima semana, a casa diz que o foco ficará na reunião da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), que devem votar por um novo aumento de 400 mil barris por dia na produção para março, segundo a previsão da Capital.

Hoje, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) americano projetou que a oferta da Opep deve aumentar 2,7 milhões de barris por dia em 2022. Se confirmado, o número representaria a maior alta da oferta do cartel desde 2004.