O petróleo fechou em queda nesta sexta-feira, em meio a alta do dólar no exterior e em semana marcada por preocupações com a demanda global. O WTI (West Texas Intermediate), fluxo de petróleo, para julho fechou em queda de 1,57% (US$ 1,12) A US$ 70,17 por barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent (classificação de petróleo) para agosto recuou 1,54% (US$ 1,17), a US$ 74,79 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
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Na comparação semanal, o WTI caiu 2,19% e o Brent teve baixa de 1,76%. O petróleo começou a sessão operando próximo a estabilidade, porém, os contratos mais líquidos se firmaram no vermelho diante da alta do dólar contra rivais fortes. Em nota, a Navellier observa que as perspectivas para a demanda de petróleo bruto estão diminuindo, embora os preços devam permanecer estáveis durante os meses de verão. “O próximo grande teste será a queda quando a demanda sazonal diminuir”, avalia.
A queda nos preços do petróleo ocorreu apesar dos cortes unilaterais da Arábia Saudita no início da semana, depois que outros países da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) decidiram manter os níveis de produção previamente anunciados. As divergências entre os membros do cartel levantaram incertezas sobre a perspectiva de oferta global do óleo.
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Ontem, especulações sobre um possível acordo entre EUA e Irã, que permitiria o aumento de exportações iranianas do óleo, injetaram novos temores de uma expansão na oferta global de petróleo e pesaram sobre os preços, mesmo com autoridades americanas negando a proximidade de um acordo. Estas preocupações sobre a oferta ocorrem em um momento onde as principais economias estão desacelerando e recuperação da China sofre para ganhar força.
Para a Oanda, corretora de investimentos, a próxima semana será importante para o mercado de petróleo, com decisões de alguns dos maiores bancos centrais determinando o cenário de curto prazo para a economia global. “A China pode cortar as taxas, o Fed pode dar um salto hawkish ( com taxas de juros mais altas e inflação mais controlada)e o BCE (Banco Central Europeu) ainda está tentando acompanhar seus ciclos de aperto. O petróleo acabará sendo negociado em alta quando os estoques estiverem em níveis desconfortavelmente baixos”, projeta a consultoria.
No noticiário, o governo do Reino Unido estendeu o Imposto de Lucros de Energia até 2028. A medida impõe uma taxa marginal de 75% sobre produção de petróleo e gás do Mar do Norte, para ajudar no financiamento de iniciativas públicas para mitigar os preços elevados de energia. Segundo comunicado oficial, o imposto arrecadou cerca de 2,8 bilhões de libras até o momento e deve arrecadar quase 26 bilhões de libras até março de 2028.