O petróleo fechou em alta nesta quinta-feira (16), apoiado um dólar enfraquecido após decisões monetárias do Federal Reserve (Fed), ontem, e do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês), hoje. A baixa da divisa americana ante rivais tende a beneficiar commodities cotadas na moeda, pois as tornam mais baratas e, portanto, mais atraentes a detentores de outras divisas.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo com entrega prevista para janeiro avançou 2,13% (US$ 1,51), a US$ 72,38, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 1,54% (US$ 1,14) na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 75,02.
“O dólar está amplamente mais fraco e isso forneceu suporte à alta do preço do petróleo de hoje”, comenta o analista da Oanda Edward Moya. Em relatório, Moya destaca que o movimento ocorre após mais decisões de bancos centrais de países desenvolvidos hoje, desta vez na zona do euro e no Reino Unido.
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“O BoE surpreendeu muitos operadores ao elevar a taxa de juros e, apesar de um posicionamento mais cauteloso do BCE, as previsões de crescimento do BC comum sugerem que a perspectiva da demanda por petróleo provavelmente não se deteriorará muito mais depois que a onda da variante ômicron acabar”, completa o analista.
O TD Securities comenta ainda que os movimentos do mercado após as decisões dos BCs fez com que investidores deixassem de lado as preocupações com a ômicron e seus potenciais impactos sobre a atividade global. O banco canadense ainda avalia que a perspectiva de excesso na oferta em 2022 em face de um enfraquecimento da demanda por causa da cepa está incorreta.
“Afinal, a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Aliados (Opep+) continua com dificuldade para cumprir o aumento em suas cotas de produção de referência, com a produção de novembro ainda lutando para subir o suficiente para cumprir as cotas, já que a produção na África Ocidental e na Malásia estão substancialmente abaixo do estimado”, explica.
Este cenário, de acordo com a casa, denota o curto espaço que a Opep+ tem para elevar a produção no ano que vem, em esforço que ficaria dependente de Arábia Saudita, Rússia, Emirados Árabes Unidos e Iraque. “Enquanto os países da Opep não compensarem os subprodutores, a capacidade ociosa parece estar esticada”, completa o TD Securities.
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