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Petróleo fecha em alta, apoiado por oferta escassa e dólar fraco

O Brent subiu 2,10% nesta sexta-feira e acumulou ganho semanal de 5,68% na Intercontinental Exchange

Petróleo fecha em alta, apoiado por oferta escassa e dólar fraco
Bomba de petróleo em Midland, Texas, EUA 22/07/2018 REUTERS/Nick Oxford

(Por Gabriel Caldeira, Estadão Conteúdo) – O petróleo avançou nesta sexta-feira e também acumulou ganhos no acumulado desta semana. A commodity foi beneficiada pela perspectiva de oferta global apertada, após relatos de que a Organização de Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) produziu menos que o esperado em junho. Além disso, o enfraquecimento do dólar ante a maioria de seus pares globais e dados fortes de consumo dos EUA também apoiaram os contratos.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI para setembro fechou em alta de 2,28% (US$ 2,20) hoje e 4,14% na semana, a US$ 98,62, enquanto o do Brent subiu 2,10% (US$ 2,14) nesta sexta-feira e acumulou ganho semanal de 5,68% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 103,97.

O petróleo chegou a subir até 5% em Nova York, com o WTI batendo US$ 100 por barril pela primeira vez desde a semana passada, movido pela alta de 1,1% nos gastos com consumo e de 0,6% na renda pessoal de americanos em junho, número que sugeriu demanda ainda forte nos EUA, apesar do aumento recente de juros pelo Federal Reserve (Fed).

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Os principais drivers do dia, no entanto, foram o enfraquecimento do dólar ante moedas rivais como o iene e o euro, além de preocupações quanto à oferta global da commodity energética. Segundo a agência de notícias russa Interfax, com base em fonte, os países integrantes da Opep+ produziram 2,84 milhões de barris por dia (bpd) a menos do que o planejado para o mês de junho.

“Sem grandes sinais de destruição da demanda por combustível” e com o mercado persistentemente apertado, “o petróleo parece que em breve encontrará um lar acima da marca de US$ 100 o barril”, prevê Edward Moya, analista da Oanda, em comentário enviado a clientes. Ainda no noticiário do setor, a Rússia e a Arábia Saudita disseram estar comprometidas com a estabilidade do mercado da commodity, segundo comunicado do governo russo. Além disso, o presidente da França, Emmanuel Macron, pretende pressionar o príncipe herdeiro saudita Mohammed bin Salman sobre a produção de petróleo do país.

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