Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta sexta-feira (12). Investidores seguem absorvendo os impactos do forte resultado de inflação dos Estados Unidos. Também há expectativa para que o governo de Joe Biden libere estoques do óleo, a fim de conter a recente escalada dos preços.
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O petróleo WTI para dezembro fechou em baixa de 0,98% (US$ 0,80), a US$ 80,79 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para janeiro caiu 0,84% (US$ 0,70), a US$ 82,17 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE). Na comparação semanal, o contrato do WTI recuou 0,59% e o do Brent caiu 0,69%.
“Esta semana tem sido um bom lembrete para os mercados de petróleo de que os preços não são afetados apenas pela trajetória de oferta e demanda, mas também pelas projeções de política monetária e por formas de intervenção governamental”, diz Louise Dyckson, da Rystad Energy. A analista aponta que há diversos riscos nas perspectivas adiante, caso haja novos lockdowns pela covid-19, por exemplo. O aspecto positivo esperado é que um inverno rigoroso e a maior dependência pelos derivados do petróleo sustentem os preços da commodity.
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O Commerzbank, por sua vez, observa que esta é a terceira semana de perdas do óleo. Os obstáculos, para os analistas, estão sendo o dólar significativamente mais firme e as especulações sobre a liberação de reservas estratégicas de petróleo nos EUA. No curto prazo, porém, o mercado do petróleo deve seguir apertado, como mostrou relatório mensal da Organização de Países Exportadores de Petróleo (Opep), divulgado ontem.
Segundo o BBH, o assunto tem sido estudado por uma força-tarefa da Casa Branca. “Movimentos na Reserva Estratégica de Petróleo (SPR) são amplamente simbólicos, mas está claro que a inflação alta está se tornando um risco político cada vez maior para o governo Biden, a menos de um ano antes das eleições de meio de mandato”, destaca.