O petróleo fechou em queda de cerca de 4%, estendendo perdas à medida que investidores ponderam sobre os riscos de recessão nos Estados Unidos, em meio ao ciclo de aperto monetário, e possíveis implicações para a demanda da commodity.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para junho caiu 4,27% (-US$ 3,06), a US$ 68,60 por barril. O Brent para julho, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 3,97% (-US$ 2,99), a US$ 72,33 por barril.
Em relatório, o TD Securities observa que a tendência de queda no petróleo acompanha a “deterioração notável” de commodities em meio ao amargamento dos sinais de demanda. O banco de investimentos analisa que o mercado de energia começou a precificar os riscos de recessão, embora os preços permaneçam “acima do que seria antecipado diante da deterioração do cenário macroeconômico”.
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Já a Oanda destaca que os preços do petróleo não estão conseguindo se recuperar mesmo com sinais de que a oferta pode continuar apresentando dificuldades no curto prazo. Segundo a consultoria, o WTI não deve alcançar estabilidade abaixo de US$ 70 em um futuro próximo. “Parece que a demanda por petróleo caiu de um penhasco, já que os temores de uma temporada de viagens mais fraca na China estão aumentando”, avalia a Oanda.
Investidores acompanharam a elevação dos juros básicos americanos pelo Fed, para a faixa de 5,00% a 5,25%. O BC americano reforçou a resiliência do sistema bancário americano e o compromisso com o combate à inflação, contudo, deixou em aberto a possibilidade de pausar o aperto monetário.
No radar, o Departamento de Energia (DoE, na sigla em inglês) dos Estados Unidos informou hoje que os estoques de petróleo no país recuaram na semana passada, enquanto os de gasolina tiveram alta e a produção média cresceu. Do lado da oferta, o Iraque afirmou que ainda não entrou em acordo com a Turquia para permitir a retomada das exportações diárias de petróleo, equivalente a cerca de 450 mil barris por dia.
Já a Marinha dos Estados Unidos afirma que forças do Irã apreenderam um navio-tanque de bandeira do Panamá, nesta quarta-feira, no Estreito de Ormuz. Trata-se do segundo episódio do tipo em menos de uma semana na região, segundo os americanos.
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