Os contratos futuros mais líquidos do petróleo fecharam em queda nesta segunda-feira (3), pressionados por sinalizações de desaceleração de uma série de economias diante da divulgação de índice de gerentes de compras (PMI, na sigla em inglês) para a indústria, mesmo depois de novos cortes voluntários na produção da commodity por parte da Rússia e da Arábia Saudita.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para agosto fechou em queda de 1,20% (US$ 0,85), a US$ 69,79 o barril, enquanto o Brent para setembro, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em queda de 1,01% (US$ 0,76), a US$ 74,65 o barril.
Pela manhã, a Arábia Saudita anunciou uma extensão de um mês para o seu corte voluntário de um milhão de barris, seguido da Rússia, que noticiou que irá reduzir as exportações da commodities em 500 mil barris por dia a partir de agosto. Na visão de Craig Erlam, da Oanda, os cortes anunciados pelos países não deverão mudar os rumos do petróleo, visto que a reação dos preços do óleo indicam que os investidores “não veem as decisões de hoje como uma virada de jogo”. “O petróleo Brent continua a ser negociado na mesma faixa, aproximadamente entre US$ 72 e US$ 77 neste momento e apenas uma quebra de qualquer um desses níveis sugerirá que algo mudou fundamentalmente”.
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Sobre o assunto, a Navellier também menciona o rompimento de oleoduto na província de Komi, no noroeste da Rússia, está interrompendo a produção e outros problemas de infraestrutura podem continuar reduzindo a produção de petróleo bruto russo nos próximos meses devido a sanções ocidentais. A maioria das grandes empresas de petróleo está explorando petróleo bruto offshore para aumentar os lucros, bem como substituir o petróleo bruto russo a longo prazo, pois percebe-se que a produção russa de petróleo bruto diminuirá constantemente sem a contribuição ocidental.
Apesar do impulso com a notícia, o petróleo virou e se firmou em território negativo após PMIs industriais americanos confirmarem uma contração no setor e aumentarem os temores pela demanda do óleo. Na visão do ING, os dados confirmam que a indústria dos EUA está em recessão, e avalia que a tendência é que a atividade siga pressionada, em meio às altas de juros pelo Federal Reserve (Fed) para o controle da inflação. Ainda, outras economias do mundo também apresentaram PMIs decepcionantes, incluindo zona do euro, Alemanha, China e Japão.