Os contratos futuros do petróleo fecharam em alta, impulsionados pelo enfraquecimento do dólar ante rivais e com investidores na expectativa pelo índice de preços ao consumidor (CPI) dos Estados Unidos. Além disso, a demanda chinesa continua no radar, em meio à reabertura do país asiático.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para março de 2023 fechou em alta de 0,53% (US$ 0,42), a US$ 80,14 o barril, enquanto o Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), fechou em alta de 0,25% (US$ 0,22), a US$ 86,61 o barril.
Investidores aguardam a publicação do relatório do CPI dos Estados Unidos, a ser divulgada amanhã. Para o analista da Oanda, Edward Moya, o petróleo WTI pode encontrar dificuldade para se manter acima do nível de US$ 80 o barril, caso Wall Street seja convencida de que os Estados Unidos podem enfrentar algo pior do que uma recessão superficial se os dados de inflação vierem muito acima do esperado.
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Em relatório a clientes, o TD Securities observa que a reabertura da China pode ajudar a firmar tendência de recuperação nos preços do petróleo, sustentada por dados indicando um “boom” na demanda devido ao crescimento de viagens no país. “O que contrasta com o restante do complexo de commodities, onde as evidências de um boom de demanda após a reabertura da China permanecem indefinidas”, analisa o banco de investimentos.
A China aumentou pedidos de petróleo bruto para alimentar refinarias, em resposta à crescente demanda doméstica por produtos como combustível para aviação e diesel, informa o The Wall Street Journal. A consultoria Energy Aspects projeta que a força do petróleo bruto asiático deve continuar, em parte por conta das interrupções planejadas em refinarias dos Estados Unidos.
Mais cedo, o petróleo chegou a operar em baixa, durante possível correção técnica após alta de 8% na semana passada e com mercado ajustando percepção sobre o anúncio de cortes na produção da Rússia. De acordo com a Tass, a Rússia pretende enviar mais de 80% de suas exportações de petróleo e 75% dos produtos derivados da commodity a países “amigáveis” em 2023. Economista-chefe do Instituto de Finanças Internacionais (IIF, na sigla em inglês), Robin Brooks aponta que os preços globais do petróleo estão sendo segurados na faixa de US$ 80 a US$ 90 o barril devido à recessão global, apesar de cortes na produção da Opep+ e da Rússia.