Os preços do petróleo fecharam em alta nesta sexta-feira (15), após operarem instáveis ao longo da sessão. A commodity encerra a semana com ganhos de mais de 3%, com a recente extensão dos cortes na produção saudita e russa apoiando expectativas por restrição na oferta global. A melhora nas projeções para a economia chinesa também dá apoio, em sinal positivo para a demanda.
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O contrato do WTI para outubro fechou em alta de 0,67% (US$ 0,61), em US$ 90,77 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para novembro avançou 0,24% (US$ 0,23), a US$ 93,93 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A commodity não registrava preços tão altos no fechamento desde novembro de 2022. Em relação à sexta-feira passada, 8, os contratos mais líquidos do WTI e do Brent subiram 3,72% e 3,6%, respectivamente.
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O analista da Oanda Craig Erlam apontou que a commodity valorizou cerca de 15% nas últimas semanas, em um rali que, segundo ele, demonstra poucos sinais de arrefecimento. “A não ser que dados econômicos se deteriorem, podemos ver o barril a US$ 100 mais cedo do que tarde”, disse ele. “Cortes Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+), junto com as restrições voluntárias de oferta da Arábia Saudita e da Rússia, criaram um mercado muito apertado.”
Neste pregão, a cotação chegou a operar em território negativo, dando sinais de correção técnica após elas renovarem máximas em dez meses. Os preços também foram pressionados por preocupações com a trajetória de juros das principais economias do mundo, à medida que investidores ponderam sobre se um custo maior de petróleo e derivados poderão pressionar a inflação e forçar os BCs a apertarem ainda mais as taxas, segundo falou o consultor da StoneX Thiago Vetter ao Broadcast. O mercado observou ainda o aumento do número de poços e plataformas de petróleo em atividade nos Estados Unidos, a 515, de acordo com dados semanais da Baker Hughes.
O petróleo ganhou apoio dos cortes de juros e de dados melhores do que o esperado de indústria e varejo na China, em sinal de impulso da segunda maior economia mundo. Alguns analistas, no entanto, ressaltam que ainda é cedo para dizer se a recuperação perdurará.
Em relatório, a Oxford Economics comentou que a alta nos preços do petróleo poderá desacelerar a velocidade da queda da inflação global. “Mas, a menos que os preços subam substancialmente ainda mais ou surjam choques de custos mais amplos e significativos, estamos céticos quanto à possibilidade de que isso tenha um impacto material no timing da mudança dos bancos centrais para postura de cortes das taxas”, disse.
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