Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda, frente a preocupações sobre o ritmo de crescimento global e demanda pela commodity, com aumento da expectativa de maior aperto monetário por bancos centrais. As negociações também foram pressionadas pelo dólar forte em alguns momentos do pregão.
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Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o petróleo WTI para abril de 2023 fechou em queda de 2,78% (US$ 2,19), a US$ 76,55 o barril. O Brent para abril, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), teve perda diária de 2,51% (US$ 2,14), a US$ 83,00 o barril, e semanal de 3,92%.
Investidores temem a possibilidade do crescimento da economia global ser atingida por uma política monetária mais restritiva nos próximos meses, avalia a Oanda. Dirigentes do Federal Reserve (Fed) e do Banco Central Europeu (BCE) indicaram na última semana que a guerra contra a inflação ainda não terminou, sugerindo a necessidade de mais altas nos juros básicos. A perspectiva fortalece o dólar, encarecendo negociações de commodities em outras moedas, e, segundo analistas, levanta possibilidades de recessão econômica, o que poderia afetar a demanda pelo petróleo.
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Para o analista da Oanda, Edward Moya, os preços devem continuar pressionados com estoques de petróleo aumentando nos Estados Unidos e perspectivas de demanda reduzindo. “Enquanto a oferta parecer ampla, a Opep+ estará tentando recuperar o atraso para manter o mercado apertado. O verdadeiro teste será se os preços quebrarem abaixo do nível de US$ 72,00 por barril”, afirma Moya.
Já o Commerzbank projeta que os preços do petróleo devem subir gradualmente nos próximos meses, considerando que “será cada vez mais difícil para a Rússia encontrar compradores”. “As exportações mais baixas do até então segundo maior exportador provavelmente restringirão a oferta global”, observa o banco alemão, em relatório a clientes.