O petróleo registrou ganho de mais de 1% nesta terça-feira (21), em meio ao enfraquecimento do dólar no exterior e de olho em sinais de demanda global. O quadro no câmbio apoiou uma recuperação da commodity, após perdas recentes, com analistas atentos a perspectivas para o setor.
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O contrato do WTI para agosto fechou em alta de 1,88% (US$ 1,34), a US$ 72,53 o barril, na New York Mercantile Exchange (Nymex), e o Brent para o mesmo mês avançou 1,61% (US$ 1,22), a US$ 77,12 o barril, na Intercontinental Exchange (ICE).
A commodity já exibia ganhos no início do dia, após duas sessões de perdas, provocadas por temores sobre falta de estímulos suficientes da China. O movimento no câmbio colaborou, com o dólar em baixa em dia de declarações do presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), Jerome Powell, em comitê da Câmara dos Representantes. Powell reafirmou preocupação com a trajetória da inflação, mas não trouxe novidades sobre potenciais novas altas nos juros, já projetadas na semana passada na comunicação do Fed. Para o Rabobank, Powell deseja um ritmo moderado no aperto do BC americano, o que poderia levar a apenas mais uma alta nos juros.
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Sobre o próprio setor, o ANZ comenta que os indicadores de petróleo “estão mostrando sinais mistos”, com demanda modesta nos EUA por destilados, mas o verão nos EUA apoiando a demanda por gasolina. O banco acredita ainda que a demanda da China por petróleo esteja “forte”, e acrescenta que a demanda por combustível para aviação deve sustentar o crescimento na demanda por petróleo. No curto prazo, a oferta do óleo cresce, mas a queda nos poços e plataformas em operação nos EUA e os cortes da oferta da Organização dos Países Exportadores de Petróleo e aliados (Opep+) devem deixar o mercado mais apertado ainda neste ano.
A Capital Economics também aponta que a aviação representará boa parte do crescimento na demanda por petróleo neste ano. A atividade de voos internacionais deve continuar a crescer na China e no restante do mundo, diz a consultoria.