Por Gabriel Caldeira – O petróleo fechou em alta robusta hoje, apoiado pela decisão da China de afrouxar as regras para quarentena de viajantes internacionais. Investidores também monitoraram fatores que indicam mais aperto na oferta global da commodity, como discussões sobre estabelecer um limite aos preços do óleo russo e alerta de baixa capacidade excedente de produção dos Emirados Árabes Unidos. Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o barril do petróleo WTI com entrega prevista para agosto avançou 2,00% (US$ 2,19), a US$ 111,76, enquanto o do Brent para o mês seguinte subiu 2,54% na Intercontinental Exchange (ICE), a US$ 113,80.
Leia também
O óleo operou em alta desde o começo da sessão, impulsionado pelo anúncio da Comissão Nacional de Saúde da China de que reduzirá o período total de quarentena de 21 dias para dez, tanto para viajantes que entram no país quanto para pessoas que tiveram contato próximo com pacientes com covid-19. O órgão do governo também afrouxou seus requisitos de teste para pessoas em quarentena.
“A flexibilização das regras de quarentena da China pode apoiar a ideia de que Pequim está se aproximando do fim de sua política de covid-zero, mas essa mudança provavelmente não acontecerá até o fim do ano”, estima o analista Edward Moya, da Oanda.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
O mercado ainda acompanhou novidades nas negociações por um limite ao preço internacional do petróleo produzido na Rússia, após acordo no âmbito do Grupo dos Sete (G7) esta semana. Segundo o governo dos EUA, já começaram as conversas sobre a proposta com países fora do G7, como a Índia.
“A proposta do G7 de impor um teto ao preço do petróleo e gás russos introduziria novos riscos do lado da oferta, potencialmente interrompendo o fornecimento de energia russo”, avalia a Capital Economics, em relatório.
O ministro de Energia dos Emirados Árabes Unidos, Mohamed Al-Mazrouei, alertou que o país está próximo do seu limite de oferta de petróleo, em outro sinal de aperto para o suprimento global.
Nos EUA, o Departamento de Energia informou que os dados de estoques de petróleo e derivados referentes à semana encerrada em 17 de junho, que deveriam ter sido divulgados na semana passada, saíram amanhã junto dos números da semana encerrada em 24 de junho.
Publicidade