O Citi atualizou seu modelo de PetroReconcavo (RECV3) após os resultados da empresa no primeiro trimestre de 2025. Com isso, o banco reduziu o preço-alvo para a ação da empresa de R$ 23 para R$ 18, o que representa um potencial de valorização de 24,4% ante o último fechamento. A recomendação de compra foi mantida.
Em relatório, os analistas Gabriel Barra, Pedro Gama e Andrés Cardona dizem continuar com a perspectiva de que a petroleira aumente sua produção de óleo e gás ao longo de 2025, com custos operacionais abaixo da média das indústrias onshore (modelo de negócio em que as companhias exercem suas atividades no país de origem do proprietário). Todavia, os preços mais baixos do petróleo e o maior breakeven (ou “ponto de equilíbrio”, serve para entender a estabilidade financeira da empresa) do fluxo de caixa do acionista do Brent podem pesar no médio prazo.
“Destacamos que a empresa não deve ser significativamente impactada em seus números financeiros no curto prazo, devido à política de hedge (proteção para tentar diminuir os efeitos da volatilidade do mercado financeiro sobre seus ativos) de preço de petróleo da empresa e contratos de gás com um preço mínimo de US$ 70 por barril”, diz o trio.
O Citi calcula que a petroleira é negociada com múltiplo de 3,4 vezes valor da empresa sobre Ebitda (lucro antes de juros, depreciação, amortização e impostos) previsto para 2025 e de 3,3 vezes para 2026. Já o esperado para o rendimento do fluxo de caixa livre recorrente é de 6% para 2025 e 10% para 2026.
“Esperamos que a PetroReconcavo (RECV3) mantenha seu foco em projetos de crescimento orgânico da produção de O&G, como o desenvolvimento de seu vasto portfólio de poços de petróleo”, concluem os analistas.