O BTG Pactual (BPAC11) acredita que as ações da Petz (PETZ3) devem continuar reagindo às notícias em torno da fusão com a Cobasi. A expectativa inicial é de que o negócio seja aprovado apenas no segundo semestre de 2025 pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade), “havendo ainda incerteza quanto aos remédios que poderão ser impostos pela autoridade antitruste”, avaliam os analistas Luiz Guanais, Yan Cesquim e Pedro Lima, em relatório.
“A Petz está sendo negociada a 25 vezes o lucro estimado para 2025 (ex-Cobasi), em um cenário desafiador”, afirmam, justificando a recomendação “neutra” para o papel.
A combinação de negócios entre Petz e Cobasi foi anunciada em agosto de 2024. Pelo acordo, a Cobasi incorporará a Petz como subsidiária. Assim, os acionistas da Petz receberão ações representando 52,6% do capital social total da nova empresa, enquanto os acionistas da Cobasi ficarão com os 47,4% restantes. Também ficou acertado um pagamento em dinheiro de R$ 400 milhões aos acionistas da Petz. Deste total, R$ 130 milhões já foram pagos.
O BTG avalia um contexto “desafiador no mercado pet”, tanto no Brasil quanto globalmente, mas não descarta que a fusão entre Petz e Cobasi possa levar à otimização das estruturas de custos (presença física de lojas) e a algum poder de barganha com fornecedores.
“No entanto, a natureza altamente competitiva do mercado brasileiro (com Mercado Livre e Amazon aumentando seus esforços na categoria) pode impedir uma precificação mais eficiente do papel”, ponderam os profissionais.
O BTG Pactual tem preço-alvo de R$ 5 para Petz, visando potencial valorização de 15,2%, em relação ao fechamento da última segunda-feira (26).