

O procurador-geral da República, Paulo Gonet, denunciou nesta terça-feira (18) o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ministro da Casa Civil, general Braga Netto, e outras 32 pessoas no inquérito do golpe. Após analisar durante três meses as provas reunidas pela Polícia Federal (PF), que indiciou o ex-presidente, Gonet concluiu que Bolsonaro tinha conhecimento do plano golpista e liderou as articulações para dar um golpe de Estado.
A denúncia de 270 páginas foi enviada ao Supremo Tribunal Federal (STF), como mostrou o Estadão. Cabe agora aos ministros da Primeira Turma analisar o documento para decidir se há provas suficientes para abrir uma ação penal. O relator é Alexandre de Moraes.
Entre os crimes atribuídos a Bolsonaro e a seus aliados, estão a abolição violenta do estado democrático de direito, golpe de estado e organização criminosa – veja em detalhes nesta reportagem do Estadão.
Investidor deve monitorar o cenário político
A data do julgamento ainda não foi definida. O caso pode ser julgado ainda neste primeiro semestre de 2025. Como mostramos nesta reportagem, as eleições presidenciais já estão no foco dos investidores. Bolsonaro está inelegível, mas deve indicar ou articular seu candidato para a eleição de 2026. Na sexta-feira (14), o Ibovespa chegou a saltar mais de 2% após a pesquisa do Datafolha mostrar que a aprovação do presidente Lula (PT) caiu de 35% para 24% em dois meses. É o pior índice dos três mandatos do petista na Presidência. A reprovação do governo também foi recorde e subiu de 34% para 41% desde dezembro.
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A expectativa de agentes econômicos é de que, em um cenário de baixa popularidade de Lula, as eleições de 2026 possam trazer uma mudança na agenda econômica que, até aqui, desagrada o mercado.
Acompanhar a agenda política é, portanto, um passo essencial na vida dos investidores. As estratégias econômicas adotadas pelos governos, que incluem medidas como taxas de juros, políticas fiscais (relacionadas a gastos e impostos) e políticas monetárias (que regulam a oferta de dinheiro), têm um impacto direto sobre os mercados financeiros. Nesta matéria, listamos dicas para se manter atualizado do cenário político.
*Com informações do Estadão/Broadcast