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Pré-mercado: confirmação de Biden alivia, após caos nos EUA

  • Os protestos têm efeito limitado nos mercados, com a maioria das bolsas subindo, diante da visão de que o democrata Joe Biden em breve será empossado como presidente do país

(Estadão Conteúdo) – A certificação de Joe Biden como presidente eleito dos Estados Unidos pelo Congresso, após uma multidão invadir o Capitólio ontem traz certo alívio aos mercados. Mas investidores ainda avaliam os desdobramentos desse ataque à democracia, ao mesmo tempo em que olham dados de atividade e de inflação na zona do euro, pedidos de auxílio-desemprego nos EUA e o primeiro leilão de prefixados do Tesouro em 2021.

No exterior, a invasão de apoiadores a Donald Trump no Congresso americano ontem, reforçando a contestação do republicano nas eleições de 2020, deixou quatro pessoas mortas e várias feridas. No entanto, os protestos têm efeito limitado nos mercados, com a maioria das bolsas subindo, diante da visão de que o democrata Joe Biden em breve será empossado como presidente do país. Porém, a cautela deve prevalecer.

A oposição pede o afastamento de Trump e Washington prorrogou por 15 dias o estado de emergência. Trump disse hoje que a “transição será ordenada”, mas reafirmou que discorda do resultado eleitoral, dizendo que a luta para tornar a América grande novamente está apenas começando. As contas do presidente nas redes sociais foram bloqueadas. Para Biden, os ataques foram um “ato de insurreição”. Lideranças condenaram os manifestos.

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Boris Johnson, e o ex-presidente americano Barack Obama classificaram os protestos de vergonhosos. Ao mesmo tempo, o vice-conselheiro de Segurança Nacional dos Estados Unidos, Matthew Pottinger, e secretária adjunta de imprensa da Casa Branca, Sarah Matthews, renunciaram aos cargos, com possibilidades de novas baixas. No Brasil, a cautela retratada em algumas bolsas europeias e a alta moderada dos índices futuros em Nova York podem limitar valorização na B3 hoje, assim como pressionar para cima o dólar.

Os investidores do mercado de juros também devem ficar atentos, à medida que ainda não se sabe qual será o efeito desse ataque à democracia nas economias, que tentam recuperação econômica. Além disso, espera-se um pronunciamento do governo brasileiro. Ontem, apenas presidente Jair Bolsonaro disse que houve “muita fraude” nas eleições americanas, mas sem dar provas.

Na cena política, a Consultoria de Orçamento e Fiscalização da Câmara dos Deputados publicou nota técnica com uma proposta de mudança no teto de gastos da União, a regra que limita o crescimento da despesa à inflação e que está no centro do debate econômico no Brasil depois da pandemia da covid-19.

A proposta passa a considerar apenas o rombo da Previdência no cálculo do limite do teto em vez de toda a despesa com o pagamento de benefícios, similar ao modelo fiscal alemão, que considera nos limites orçamentários apenas os recursos retirados da sociedade para sua cobertura.

Na corrida para começar a imunização no Brasil contra a covid-19, o governo editou uma MP que traz medidas excepcionais relativas à aquisição de vacinas, insumos, bens e serviços de logística, tecnologia da informação e comunicação destinados à vacinação contra a covid-19.

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AGENDA LEILÃO DO TESOURO E EMPREGO NOS EUA

– O Tesouro Nacional realiza o primeiro leilão de prefixados deste ano, além da oferta de LFT (11h). Antes, às 8 horas, a FGV informa o Indicador Antecedente de Emprego de dezembro. Às 10h30, sai o índice de pedidos semanais de auxílio-desemprego nos EUA, além da balança comercial de novembro (10h30).

Por volta das 7h30:

Frankfurt avançava 0,56%

Londres caía 0,39%

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Paris ganhava 0,45%

Os futuros de NY subiam: 0,29% (Dow Jones), 0,44% (S&P 500) e 0,65% (Nasdaq)

Euro valia US$ 1,2258, ante US$ 1,2326 da tarde de ontem. Libra era negociada em 1,3588, após US$ 1,3612 da véspera. Índice DXY, que mede a variação do dólar frente a uma cesta de seis rivais fortes, subia 0,35%, a 89,843 pontos.

Petróleo WTI para fevereiro avançava 0,55%, a US$ 50,91 o barril, enquanto o do Brent para março se fortalecia em 0,24%, a US$ 53,58 o barril.

Dólar valia 103,62 ienes, ante 103,03 da tarde de ontem.

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