Últimas notícias

Pré-mercado: Juros e dólar devem se ajustar a Copom e covid limita fôlego

  • No exterior, predomina o apetite por risco antes do anúncio da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE)

(Estadão Conteúdo) – Os mercados de juros e de câmbio devem passar por ajustes após a mudança no comunicado do Copom, que manteve ontem a taxa Selic em 2% ao ano, como era esperado. Os ativos locais podem continuar sensíveis também aos problemas relacionados às vacinas contra covid-19 e o risco fiscal do País. No exterior, predomina o apetite por risco antes do anúncio da decisão de política monetária do Banco Central Europeu (BCE).

Os índices futuros de Nova York sobem, enquanto algumas bolsas europeias passaram a testar queda, em meio a crescentes riscos do novo coronavírus no radar dos investidores. O dólar recua, com investidores otimistas com a posse de Joe Biden nos Estados Unidos e os possíveis estímulos fiscais de seu governo. A nova porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, afirmou na noite de ontem, em sua primeira coletiva de imprensa, que Biden vai negociar com parlamentares, nos próximos dias, seu pacote fiscal de US$ 1,9 trilhão em medidas para amortecer os impactos da covid-19 na economia. O texto precisa do aval do Parlamento para entrar em vigor.

Contudo, como mostrou reportagem do Broadcast, o pacote deve ser enxugado na Câmara e no Senado e pode terminar na ordem de US$ 1 trilhão. A curva de juros tende a perder inclinação, com alta nas taxas curtas, e o real pode ganhar um pouco de força, após o Copom retirar a prescrição futura (forward guidance) do seu comunicado, abrindo espaço para elevar os juros nos próximos meses. Mas o documento lembra que “o fim do forward guidance não implica mecanicamente uma elevação da taxa de juros”. A autarquia alertou ainda que, com o aparecimento de novas cepas da covid-19, a mobilidade em outros países diminuiu e a atividade deve ser afetada no curto prazo.

Publicidade

Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos

Já a Bolsa tende a se beneficiar do bom humor nos mercados internacionais, porém, preocupações com o andamento da vacina no Brasil, problemas na diplomacia com a China e riscos fiscais podem limitar eventuais ganhos. Na política, o presidente Jair Bolsonaro voltou a explicitar seu desejo de continuar no poder, mesmo após uma série de pedidos de impeachment contra ele sobre sua postura em relação à pandemia de covid-19.

A apoiadores, disse: “pretendo continuar… Se Deus quiser, vou continuar o meu mandato, e, em 2022, o pessoal escolhe”. As falhas do governo federal no combate à doença fizeram explodir os pedidos de afastamento de Bolsonaro. Desde o início de seu mandato, 61 foram protocolados na Câmara dos Deputados; apenas 7 pedidos são anteriores a março do ano passado, quando teve início a pandemia. Na luta para conquistar a presidência da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (Progressistas-AL) lidera a corrida pelo cargo nas três principais bancadas temáticas da Casa, cuja eleição será dia 1º de fevereiro. É o que mostra levantamento feito com base no placar Estadão.

Informe seu e-mail

Faça com que esse conteúdo ajude mais investidores. Compartilhe com os seus contatos