UBS BB eleva o preço-alvo da Sabesp (SBSP3) de R$ 136 para R$ 146 e mantém recomendação neutra, citando mudanças regulatórias e o ajuste tarifário previsto para dezembro. (Foto: Estadão)
O UBS BB elevou o preço-alvo daSabesp (SBSP3) de R$ 136 para R$ 146, potencial alta de 19,4% ante o último fechamento. A classificação neutra foi mantida. O banco atualizou o modelo para a companhia com mudanças relevantes nos cálculos regulatórios, com destaque para os efeitos nos números de 2026.
Os analistas adicionaram a estimativa de que 25% do capex(investimentos em ativos) executado não estará operacional até o final do próximo ano, portanto, não será incluído na base de ativos regulatórios (RAB) líquida.
“Isso afeta a revisão tarifária, mas deve ser neutro em termos de valor presente líquido, pois é compensado na revisão do ano seguinte”, explicam Giuliano Ajeje e Henrique Simões, em relatório.
A equipe do UBS BB também migrou da metodologia de fluxo de caixa descontado para uma suposição de 6,1 vezes valor da empresa (EV) em relação ao lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda), alinhada com a média histórica. Esse múltiplo foi aplicado ao Ebitda de 2027, elevando o preço-alvo para R$ 146. “Em nossas estimativas, a ação atualmente negocia a 1 vez valor da empresa/RAB, enquanto o novo preço-alvo implica em 1,14 vez EV/RAB.
Ajuste tarifário da Sabesp
Os especialistas destacam ainda que o primeiro ajuste tarifário da Sabesp como empresa privada está previsto para dezembro. “Embora essa não seja uma revisão completa, que só acontecerá em 2029, será importante para esclarecer sobre como o regulador vai tratar os investimentos feitos pela empresa e a fórmula para compensar o capex entre as revisões tarifárias”, comentam.
O ajuste tarifário atualizará o RAB líquido da Sabesp (SBSP3) para R$ 85,9 bilhões, estima o UBS BB, relativo a 2024 e aplicará os ajustes necessários do ciclo anterior, antes da privatização. “Ele não levará em consideração o ‘Fator U’ (indicador de universalização do serviço), que começará a ser aplicado na revisão de 2026. No geral, estimamos um ajuste tarifário nominal de 3% este ano”, finalizam.