Os preços do petróleo atingiram um novo recorde de três anos nesta sexta-feira (15), subindo acima de 85 dólares por barril, com previsões de um déficit de oferta para os próximos meses, em meio a disparada nas cotações do gás e do carvão que deve direcionar a demanda aos derivados de petróleo.
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Os futuros do Brent subiam 0,82 dólar, ou 0,98%, a 84,82 dólares o barril às 10:30 (horário de Brasília). Os contratos do primeiro vencimento, que mais cedo atingiram seu pico desde outubro de 2018 em 85,10 dólares, devem subir pela sexta semana consecutiva, caminhando para um aumento semanal de 3%.
O petróleo dos EUA (WTI) avançou 0,81 dólar, ou 1%, para 82,12 dólares por barril. O contrato caminha para ganho de 3,5% na semana, oitava alta semanal consecutiva.
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Analistas apontaram para uma queda acentuada nos estoques de petróleo da OCDE para seu nível mais baixo desde 2015.
A demanda aumentou com a recuperação da pandemia de covid-19, e teve um impulso adicional vindo da indústria se afastando do gás e carvão, produtos que estão em patamares considerados caros, e indo para o óleo combustível e diesel para energia.
“O fato de os mercados asiáticos se contentarem em perseguir preços mais altos em altas semanais, em vez de se esconderem em quedas de preços, é um forte sinal de que a demanda por energia continua robusta”, disse o analista sênior da OANDA, Jeffrey Halley, em nota.
A Agência Internacional de Energia (AIE) disse na quinta-feira que a crise energética deve aumentar a demanda por petróleo em 500.000 barris por dia (bpd).
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Isso resultaria em um déficit de oferta de cerca de 700 mil bpd até o final deste ano, até que a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e seus aliados, juntos chamados de Opep+, acrescentassem mais oferta, conforme planejado em janeiro.