O prefeito do Rio, Eduardo Paes, sancionou nesta quarta-feira (3) a lei que reduz de 5% para 2% a cobrança de impostos para a atividade de bolsa de valores, abrindo o caminho para a instalação da plataforma da ATG, empresa do fundo de investimentos árabe Mubadala, que vai concorrer com a B3, em São Paulo.
Leia também
“A Bolsa do Rio é a ponta do iceberg, foi um esforço do governo e do setor privado e vai ajudar o Rio a atrair investimentos“, afirmou, ressaltando que com a volta da disputa dos dois mercados, as taxas de negociação devem cair. Desde 2002, quando a Bolsa do Rio fechou, a B3, antiga Bovespa, opera sozinha no mercado de ações.
Já no início da manhã, Paes divulgou em uma rede social comparações entre São Paulo e o Rio, mostrando que na cidade carioca o mercado de ações terá uma vista muito melhor. Em seu discurso no evento, ressaltou que a cidade foi abandonada pelo gestor anterior (Marcelo Crivella), mas que o Rio possui muitos talentos financeiros, que aos poucos retornarão à cidade.
Publicidade
Invista em oportunidades que combinam com seus objetivos. Faça seu cadastro na Ágora Investimentos
“Uma cidade que produz tanto talento financeiro, não pode ficar exportando talento”, disse Paes, destacando nomes de instituições como BGT e XP, que segundo ele, vão demorar para voltar, mas também vão querer participar do novo mercado de ações do Rio.
Porém, durante discurso na Associação Comercial do Rio de Janeiro (ACRJ), Paes deu um recado para a B3.
“A turma que vive do livre mercado, da tal da liberdade econômica, na hora do vamos ver gosta de um cartelzinho. Mas é verdade, vou colocar os pingos nos Is. O que hoje significa a B3 no Brasil é uma reserva de mercado, então essa coisa de liberdade econômica chega até a página dois”, disse Paes, reafirmando que a concorrência entre as duas bolsas vai ser saudável para o País como um todo.