O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos, afirmou que o processo de desinflação no Brasil está em ritmo “muito lento” e ainda não acabou. Durante evento da agência de classificação de risco Moody’s, ele enfatizou a necessidade de a autoridade agir com “paciência e sinergia” e trabalhar para retornar o índice de preços de volta à meta da autoridade, de 3% ao ano.
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Campos Neto lembrou que o Brasil foi o primeiro país a iniciar o processo de aperto monetário ao identificar que a inflação no seria mais persistente. “Estamos vendo uma reversão desse processo no Brasil, mas em um ritmo muito lento e comunicamos que precisamos avançar com paciência e sinergia”, disse ele.
Novamente, Campos Neto reforçou a importância de retornar a inflação à meta do BC. “Achamos que o processo de desinflação ainda não acabou. E precisamos ter certeza de que faremos a inflação convergir para a meta”, disse.
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O presidente do BC também comentou sobre a agenda de digitalização no Brasil. Segundo ele, esse processo envolve várias frentes e cujos objetivos foram tornar o sistema local “mais competitivo e aberto”. Dentre as iniciativas, ele citou o Pix, sistema de pagamentos instantâneos, o open banking e o real digital. “Estamos pensando em como podemos monetizar os dados e interagir com o sistema que foi criado”, afirmou.
Segundo Campos Neto, os próximos passos na agenda de digitalização do Brasil são o real digital (CBDC, na sigla em inglês) e a inserção do conceito de ‘tokenização’ nos balanços dos bancos. O presidente do BC falou ao lado de outros representantes de países emergentes e executivos, dentre eles, o presidente da Suzano, Walter Schalka, em evento da Moody’s sobre as tendências para a região em 2023.