A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) cortou as projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil este ano e no próximo, em meio a um cenário de incertezas em relação ao pulso da atividade global.
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Em relatório interino de perspectivas econômicas, a entidade informou que reduziu a projeção para a expansão da atividade brasileira em 2023 (de 1,2% a 1,0%) e em 2024 (de 1,4% a 1,1%).
Por outro lado, a OCDE aumentou a expectativa para a inflação no País este ano, de 6,6% a 5,4%, embora tenha diminuído a estimativa do ano que vem, de 4,5% a 4,3%.
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O cenário reflete a piora nas condições econômicas de nações emergentes, diante dos efeitos do aperto monetário global, de acordo com a Organização. A OCDE, no entanto, pondera que decisão brasileira de subir juros antes da maior parte dos pares pode abrir espaço para cortes já na segunda meta de 2024.
A entidade avalia que o diferencial de juros com os Estados Unidos limitam o espaço de manobra para emergentes, sobretudo nos países com alto volume de dívida denominada em dólar e nos sensíveis às pressões nos preços de alimentos e energia. “O crescimento em muitos mercados emergentes, incluindo Brasil e África do Sul, deverá ser lento nos próximos dois anos, em cerca de 1% por ano em média”, prevê.