

A XP Investimentos vê espaço a uma valorização do real neste ano se houver uma melhora na percepção dos investidores sobre os riscos domésticos, sobretudo no campo fiscal. Considerando tanto fatores estruturais quanto cíclicos, os modelos da XP sugerem que a cotação do dólar, que hoje fechou a R$ 5,06, poderia estar entre R$ 4,50 e R$ 4,85. Apesar disso, a casa prefere manter, por enquanto, a projeção de câmbio a R$ 5,30 no fim de 2023, com média anual de R$ 5,15, lembrando que o ano deve ser marcado por discussões difíceis na política econômica, com várias idas e vindas.
“A nosso ver, a apresentação de um arcabouço fiscal crível e avanços na reforma tributária podem ser catalisadores macro para o fortalecimento da taxa de câmbio”, assinala o economista da XP Rodolfo Margato no relatório sobre a dinâmica do câmbio.
Ele observa que as incertezas sobre a condução da política econômica, envolvendo as regras fiscais e a política monetária, podem ampliar a diferença entre a taxa de câmbio atual e a de equilíbrio. “Evidências empíricas mostram que o real pode ficar descolado dos fundamentos econômicos por bastante tempo”, comenta Margato.
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