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As projeções corporativas (guidances) para este ano divulgadas pelos dois maiores bancos privados do País apontam a continuidade da diferença de rentabilidade entre ambos. O retorno sobre o patrimônio líquido (ROE, na sigla em inglês) do Itaú Unibanco (ITUB4) deve ficar em 21%, enquanto o do Bradesco (BBDC4) tende a ser de 12,4%, de acordo com o Citi.
Os dados levam em consideração o ponto médio das projeções de cada banco. Ambos divulgaram faixas para indicadores como as margens e crescimento de carteira, além de outros dados. A partir dessas projeções, a equipe liderada por Gustavo Schroden traçou cenários para as instituições.
“No ponto médio das faixas, o crescimento da carteira do Itaú é marginalmente maior, embora a expansão implícita da margem ajustada pelo risco deva ser mais alta no Bradesco”, escreveram os profissionais em relatório enviado a clientes. De acordo com eles, a diferença neste caso é que o provisionamento do Bradesco deve ser mais baixo.
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Além disso, o crescimento do lucro do Bradesco em relação a 2024 deve ser maior que o do Itaú, na casa dos 17%, dado que o banco da Cidade de Deus parte de uma base de comparação mais baixa. Com isso, o patrimônio dos bancos deve crescer 12% no caso do Bradesco, e 6% no do Itaú.
Se confirmadas essas projeções, o múltiplo do valor patrimonial para as ações ficaria em 1,4 vez para o Itaú, e em 0,7 vez para o Bradesco. O indicador é utilizado por analistas para calcular o preço relativo das ações de bancos, e o Bradesco tem sido menor que 1 devido ao ROE abaixo do custo de capital que a instituição tem apresentado.
“Em nossa visão, os dois bancos mostraram conservadorismo em relação ao crescimento do crédito baseados no cenário macroeconômico (maior inflação, crescimento mais fraco do PIB e uma taxa Selic mais alta), enquanto esperam tendências positivas para as margens graças ao impacto positivo dos juros mais altos sobre a base de passivos”, escreve o Citi.
Um ponto negativo, na visão da casa, é a perspectiva de que as despesas operacionais crescerão acima da inflação, contida no ponto médio dos guidances. A explicação são os investimentos dos dois maiores bancos privados do País em digitalização, em um cenário de competição com nomes nascidos com estrutura digital.
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