A Petrobras (PETR3;PETR4) vai distribuir proventos no dia 21 de novembro, exatos 14 dias após divulgar o resultado do balanço.
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No mês de outubro, a estatal distribui dividendos sobre o montante de R$ 13,45 bilhões , correspondente a R$ 0,4481 pelas ações ordinárias e R$ 0,448067 pelas preferenciais.
O que os analistas projetam sobre os dividendos da estatal?
De acordo com a análise Genial Investimentos, as estimativas de fluxo de caixa e dividendos da Petrobras para 2025-2026E baseiam-se em algumas premissas importantes. Entre elas estão o preço do Brent variando entre US$73 e US$71, a taxa de câmbio projetada entre R$5,35 e R$5,45, e uma produção entre 2,8 e 3,0 milhões de barris de óleo equivalente por dia, seguindo as projeções (guidance) atual da empresa.
Além disso, a Genial estima uma adesão de 90% ao Preço de Paridade de Importação (PPI) e prevê investimentos de US$15 a 18 bilhões para o período de 2024 a 2025, o que representa 85% do valor anunciado pela Petrobras em seu plano oficial. A distribuição de dividendos regulares também está atrelada à alavancagem alvo de 0,8x Dívida Líquida/EBITDA (métrica financeira usada para avaliar a solvência de uma empresa e sua capacidade de pagar suas dívidas), inferior ao valor de 0,9x no segundo trimestre de 2024.
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A Genial classifica essas premissas como seu “cenário base” (cenário I). No entanto, eles também consideram dois outros cenários possíveis: no cenário II, haveria 100% de aplicação do investimento planejado no plano estratégico 2024-2027, enquanto no cenário III, a Petrobras aplicaria a totalidade dos US$110 bilhões previstos em seu fluxo de caixa, alinhado ao padrão de desembolso esperado para o período 2024-2028.
A interpretação da Genial é que, se a execução do plano de negócios da Petrobras se aproximar do cenário III, a empresa pode ajustar o rendimento da ação via preço, o que implicaria uma queda nos preços de PETR4 para acomodar o novo fluxo de caixa e dividendos. Embora considerem esse cenário extremo, dado o histórico recente de execução de planos de investimentos mais modestos, a Genial adverte para a necessidade de cautela. A recente demissão do CEO e a intensificação das notícias sobre aquisições em ativos exploratórios, infraestrutura de gás e energia renovável indicam que mudanças mais significativas podem ocorrer na política de investimentos da Petrobras.
Segundo analistas da XP Investimentos, a Petrobras deve apresentar um lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) de US$ 11,1 bilhões no terceiro trimestre de 2024, o que representa uma queda de 19% em relação ao mesmo período do ano anterior. O lucro líquido da estatal também deve cair de US$ 5,4 bilhões no terceiro trimestre de 2023 para US$ 4,23 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma redução de 23%.
“Esperamos essa queda devido ao menor preço de venda do barril de petróleo e derivados”, explicam Regis Cardoso e Helena Kelm, autores do relatório da XP.
Os analistas também estimam que o Fluxo de Caixa Livre (FCL) da Petrobras será de US$ 3,6 bilhões no período. Com base na atual política de dividendos da estatal, a expectativa é de que os dividendos ordinários alcancem cerca de US$ 2,6 bilhões, o que corresponde a um rendimento do dividendo (dividend yield) trimestral de 2,8%.
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“Acreditamos que o rendimento de dividendos para o trimestre poderia ser substancialmente maior se a Petrobras anunciar dividendos extraordinários. Estimamos que o estágio avançado de planejamento para o próximo plano de negócios permite que a Petrobras tenha maior visibilidade sobre as necessidades futuras de caixa. Em nossa opinião, a distribuição adicional poderia chegar a até US$ 4 bilhões (yield adicional de 4,6%), embora a empresa possa optar por ser mais conservadora e reter mais dinheiro em caixa”, dizem Cardoso e Kelm.