O dólar chegou a mínima de R$ 4,8847 (-0,79%) no mercado à vista nesta sexta-feira (9), às 13h06. No final, a moeda terminou a sessão com uma desvalorização de 0,97%, aos R$ 4,876 – a menor cotação do ano. O analista de inteligência de mercado da Stonex, Leonel Mattos, observa que o dia é de baixa liquidez, com emenda de feriado local e fim de semana e sem agenda relevante, e o mercado de câmbio reflete otimismo maior no cenário macro brasileiro e o apetite por risco na sessão de quinta-feira (8) no exterior.
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Nos Estados Unidos, segundo ele, os pedidos semanais de auxílio-desemprego vieram acima do esperado ontem, reforçando apostas em pausa no aumento dos juros no Fed (Federal Reserve, banco central dos EUA) na próxima semana. Mattos disse que o índice futuro do Nasdaq está subindo mais em Nova York nesta manhã dada a perspectiva monetária americana e a alta de commodities estimula o apetite por moedas emergentes. Na China, os dados econômicos em geral mostram recuperação econômica chinesa mais lenta que o esperado.
O diretor da corretora Correparti, Jefferson Rugik, diz que a entrada de fluxo de investidores estrangeiros no mercado de câmbio ajuda na ampliação da queda do dólar, além de um fluxo comercial favorável e movimento de desmonte de posições cambiais defensivas no mercado futuro.
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“O capital estrangeiro busca a compra de ações de empresas exportadoras e com preços descontados na Bolsa e operações de carry trade (aplicação em que o investidor toma dinheiro a uma taxa de juros em um país e o aplica em outra moeda) com o real por expectativas de pausa de juros pelo Fed na próxima semana, de manutenção da taxa Selic em 13,75% ao ano no dia 21 deste mês, em meio ao cenário de desaceleração da inflação no Brasil e menor ruído fiscal e sobre a política monetária”, avaliou.
* Com informações do Broadcast