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BTG (BPAC11) vê cenário favorável para a Raízen (RAIZ4) em 2024; entenda

"Estamos otimistas quanto à perspectiva de preços do etanol para o segundo semestre", dizem analistas

BTG (BPAC11) vê cenário favorável para a Raízen (RAIZ4) em 2024; entenda
Raízen. (Foto: Divulgação/Raízen)

O BTG Pactual (BPAC11) avalia que a melhoria dos preços do etanol (+14%) e do açúcar (+6%) no primeiro trimestre da temporada 2024/25 na comparação com o último da safra anterior sugere um cenário mais favorável ao longo do ano para a Raízen (RAIZ4). A informação está presente na prévia operacional da companhia, que indicou um forte começo de temporada na moagem de cana-de-açúcar com 31 milhões de toneladas (alta anual de 15%), superando ligeiramente a média da indústria (+13% ano a ano), impulsionada pelo clima seco na região centro-sul do Brasil.

“Estamos particularmente otimistas quanto à perspectiva de preços do etanol para o segundo semestre de 2024, o que apoia a estratégia de retenção de estoques da Raízen. Em relação aos combustíveis, continuamos confiantes em margens saudáveis no Brasil”, afirmou o BTG no relatório assinado pelos analistas Thiago Duarte, Pedro Soares, Henrique Pérez e Guilherme Guttilla.

Com a divulgação da prévia operacional, o BTG previu um Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado ex-IFRS16 de R$ 2,9 bilhões para o trimestre, em virtude da decisão da Raízen de comercializar uma menor quantidade do açúcar total recuperável produzido. O valor é quase R$ 1 bilhão maior na comparação anual (+52%), graças a melhores margens de combustíveis no Brasil (Ebitda/m3 de R$ 156, em comparação a apenas R$ 64 há um ano), bem como um Ebitda estável, na comparação anual, de R$ 1,3 bilhão em açúcar e renováveis.

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“Os investidores devem estar atentos à decisão de manter estoques 38% maiores na comparação anual em meio a um forte início da temporada de moagem, o que deve levar a um consumo de caixa significativo no trimestre”, escreveram os analistas,

O BTG também destacou que os volumes de vendas equivalentes de açúcar e etanol se mantiveram estáveis em relação ao ano anterior (1,8 milhão de toneladas de açúcar ante uma produção de 3,7 milhões), sugerindo uma decisão estratégica de carregar maiores estoques para os próximos trimestres.

Em relação aos combustíveis, os volumes de vendas também permaneceram estáveis tanto no Brasil quanto na América Latina, enquanto a Raízen indicou que as margens de combustíveis no Brasil seriam menores em comparação com o trimestre anterior. Em compensação, a produção de E2G totalizou 16 milhões de metros cúbicos, mais que o dobro em relação ao igual período do ano anterior, embora ainda abaixo da capacidade nominal da nova planta.