O Citi prevê que a Raízen (RAIZ4) terá lucro de R$ 46 milhões no segundo trimestre da temporada 2024/25, queda de 92% ante a estimativa anterior. A receita líquida será de aproximadamente R$ 71,7 bilhões, um aumento em 13% em relação à estimativa anterior devido a volumes de vendas mais altos, mas com lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado em torno de R$ 3,7 bilhões, queda de 8% sobre a previsão anterior. O resultado financeiro da Raízen será divulgado em 12 de novembro.
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Apesar das previsões de resultados abaixo do esperado, o Citi manteve a recomendação de compra para as ações da Raízen, com preço-alvo revisado de R$ 4,70 para R$ 4,50, refletindo o impacto da seca, incêndios e da dinâmica de distribuição de combustíveis no Brasil. A expectativa é que a empresa continue se beneficiando da recuperação dos preços do açúcar e etanol, além das melhorias no setor de distribuição de combustíveis.
A previsão para o segundo trimestre é de um desempenho positivo no segmento de renováveis e açúcar, com Ebitda ajustado de cerca de R$ 2,5 bilhões, aumento de 26% na comparação anual, impulsionado pela venda de maiores volumes de açúcar e etanol. No entanto, o relatório destaca que o segmento de mobilidade teve performance abaixo das estimativas anteriores, com Ebitda ajustado de aproximadamente R$ 1,5 bilhão, apesar de uma melhora nas perspectivas de concorrência no Brasil, o que deve resultar em margens de R$ 140 por metro cúbico nas operações no País.
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A Raízen produziu 4,7 milhões de toneladas de açúcar total recuperável no segundo trimestre da safra, queda de 10,4% em relação ao ano anterior, devido à seca, parcialmente compensada pela maior área colhida e maior rendimento médio. A produção de açúcar foi afetada pelas condições climáticas e incêndios na região, com redução na proporção de açúcar na produção, que passou de 56% no igual período da temporada passada para 52%.
Além disso, a empresa anunciou mudanças no alto escalão no fim de outubro, com a nomeação de Nelson Gomes como novo CEO e Rafael Bergman como CFO. A mudança de liderança é vista como uma oportunidade para acelerar a revisão da estratégia de alocação de capital e melhorar o fluxo de caixa da companhia.