O que este conteúdo fez por você?
- Analistas consultados pelo E-Investidor estimam um lucro para a Petrobras entre US$ 4,23 bilhões e US$ 5,57 bilhões no terceiro trimestre de 2024
- Especialistas explicam quais serão os pontos positivos e negativos do balanço da Petrobras
- Analistas fazem estimativas de quanto a Petrobras deve pagar em dividendos no terceiro tri
A Petrobras (PETR3; PETR4) pode lucrar até US$ 5,571 bilhões no terceiro trimestre de 2024, mostra projeção dos analistas do Itaú BBA. O lucro estimado equivale a uma leve queda de 0,1% na comparação com o resultado do terceiro trimestre de 2023. O banco é a casa mais otimista entre todas as consultadas pelo E-Investidor, enquanto a XP Investimentos calcula US$ 4,23 bilhões, uma baixa de 23%.
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Segundo os analistas da XP Investimentos, não só o lucro da petroleira deve cair, a companhia também deve apresentar baixa no lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda, na sigla em inglês). Na visão dos especialistas, o indicador de resultado operacional deve ficar em US$ 11,1 bilhões, uma queda de 7% na comparação com o mesmo período do ano passado.
“Prevemos essa baixa devido ao menor preço do petróleo Brent, que caiu cerca de 6% em um ano, para US$ 80 por barril. Além disso, a empresa apresentou produção de petróleo marginalmente menor no trimestre – veja os detalhes nesta reportagem –, o que deve impactar os resultados da companhia”, apontam Regis Cardoso e Helena Kelm, que assinam o relatório da XP.
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Os analistas do Itaú BBA também projetam que a empresa tende a mostrar queda no Ebitda, que deve recuar 15,2% na base anual, para US$ 11,6 bilhões. O lucro da Petrobras deve se manter razoavelmente estável – queda de 0,1%, para US$ 5,57 bilhões. “Em relação aos investimentos (capex), projetamos um desembolso de US$ 3,4 bilhões, em linha com a histórica sazonalidade da execução do capex por trimestre e em linha com o cumprimento da orientação anual”, explicam Monique Martins Greco Natal, Eric de Mello e Bruna Amorim, que assinam o relatório do Itaú BBA.
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Já os analistas do Santander calculam o Ebitda da Petrobras em US$ 11,4 bilhões no terceiro trimestre de 2024, uma queda de 4% na comparação com o segundo trimestre. “Estimamos um Ebitda relativamente estável impulsionado por produção estável e custo de extração potencialmente menor, dada a maior participação do pré-sal no mix de produção, que deve ser amplamente compensado pela queda de 7% do Brent no trimestre”, salientam Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório do Santander.
O Santander calcula que a Petrobras deve lucrar US$ 5,25 bilhões no terceiro trimestre de 2024, recuo de 4% na comparação com o lucro do terceiro trimestre de 2023. Eles ressaltam que, embora a empresa tenha reportado menor preço do petróleo, a companhia tende a apresentar maior margem de refino. Segundo os especialistas, no trimestre passado a margem da estatal era de US$ 8,9 e agora tende a ser de US$ 9,8 no terceiro trimestre de 2024, o que pode ser um dos fatores para o bom resultado da petroleira.
“Observamos que, apesar dos ganhos globais mais fracos, estimamos que a Petrobras conseguiu expandir sequencialmente as margens de refino no terceiro trimestre de 2024”, explicam Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório do Santander.
Quanto a Petrobras vai pagar em dividendos?
O consenso dos analistas é unânime, a Petrobras pagará bons dividendos no terceiro trimestre de 2024. A grande dúvida é se haverá dividendos extraordinários ou se a companhia pagará somente aqueles previstos em seu estatuto. Os analistas da XP Investimentos calculam que a empresa deve apresentar Fluxo de Caixa Livre (FCL) de US$ 3,6 bilhões no terceiro trimestre de 2024, o que deve gerar pagamento de US$ 2,6 bilhões em dividendos ordinários no terceiro trimestre de 2024, um rendimento de aproximadamente 2,8% do valor do papel.
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“No entanto, acreditamos que o pagamento de dividendos da Petrobras pode ser maior se a empresa optar por depositar o dividendo extraordinário neste trimestre. Embora a companhia não seja obrigada a pagar esse provento extra, vemos que a empresa está em estágio avançado de planejamento de plano de negócio, permitindo previsibilidade das necessidades de uso de caixa por parte da petroleira”, explicam Regis Cardoso e Helena Kelm.
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Já os analistas do Itaú BBA calculam dividend yield da Petrobras (rendimento em dividendos) de 3%, ou US$ 2,5 bilhões, para o quarto trimestre de 2024. Eles também projetam um possível dividendo extraordinário da Petrobras de US$ 2,6 bilhões. “Esta estimativa de dividendo extraordinário está baseada em uma avaliação prospectiva dos próximos 24 meses, assumindo que o preço do barril de petróleo em 2025 deve ficar em torno de US$ 70. Nossas estimativas também consideram o limite de dívida bruta atual da empresa (US$ 65 bilhões) e referência de caixa ideal (US$ 8 bilhões)”, comentam os analistas do Itaú BBA.
Os analistas do Santander calculam que a empresa deve pagar um dividendo ordinário equivalente a 2,8% do valor de mercado da Petrobras, ou US$ 2,4 bilhões. “Embora não modelemos dividendos extraordinários com nossa prévia trimestral, não ficaríamos surpresos se a Petrobras anunciasse outra rodada de dividendos extraordinários, pois acreditamos que a empresa poderia distribuir até US$ 4,5 bilhões até o final do ano”, afirmam Rodrigo Almeida e Eduardo Muniz, que assinam o relatório do Santander.
Vale a pena comprar as ações da Petrobras?
As três casas de análise estão otimistas com o papel. A XP Investimentos recomenda compra com preço-alvo de R$ 46 para os próximos 12 meses, uma potencial alta de 30% na comparação com o fechamento de terça-feira (5), quando a ação encerrou o pregão a R$ 35,39. A ação PETR4 é a favorita da XP do setor petroleiro devido às expectativas dos dividendos extraordinários.
Os analistas do Itaú BBA possuem o mesmo otimismo e classificam a ação como outperform, desempenho acima da média do mercado, que é equivalente à compra. O preço-alvo para PETR4 é de R$ 48 para o fim de 2025, uma alta de 35,6% na comparação com o fechamento de terça-feira (5). O Santander tem a mesma classificação, que é equivalente à compra. O preço-alvo é de R$ 54 para o fim de 2025, um avanço de 52,6%.
Ou seja, os analistas esperam que a Petrobras (PETR3; PETR4) deve apresentar um lucro menor na base anual, mas que isso só deve acontecer devido à baixa do petróleo. Mesmo assim, as estimativas para os dividendos são otimistas, o que faz boa parte do mercado recomendar compra para a ação da petroleira.