O coordenador da iniciativa do Real Digital no Banco Central, Fabio Araujo, enfatizou na tarde desta segunda-feira (6) que a moeda digital da autoridade monetária (conhecida pela sigla CBDC em todo o mundo) funcionará como uma espécie de “Pix dos serviços financeiros”. Isso se dá, de acordo com o técnico, porque o real digital vai permitir a transferência de ativos financeiros de forma tão imediata quanto o Pix.
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O projeto piloto, que terá início neste mês, terá a participação de bancos, instituições de pagamento, cooperativas e outras participantes do Sistema Financeiro Nacional (SFN). “Vamos discutir propostas de piloto com participantes do sistema no início de abril”, previu.
Piloto
O teste piloto será feito por meio da tecnologia DLT (Distributed Ledger Tecnology) e com ativos financeiros. O primeiro ativo a ser usado como teste do Real Digital será um título público federal. Araújo explicou que serão simuladas transações de emissão, negociação, transferência e resgate durante esse período de experiência. “Tendo esses mecanismos prontos, a gente pode fazer a aplicação final da proposta, que é o contra pagamento de títulos públicos entre diferentes bancos”, disse.
Rede de teste terá limitações
O chefe do Departamento de Informática do Banco Central, Haroldo Jayme Cruz, explicou que a rede criada para fase de testes do Real Digital será permissionada a bancos e instituições de pagamento e que, portanto, não será pública. Neste primeiro momento, até por questões de economia e segurança, os testes terão limitação de participantes e de horários.
“A limitação em testes deve-se à redução de custos e simplificação. Por isso, a fase de testes é fundamental”, argumentou. Ele disse que foi escolhida a plataforma distribuída de hyperledger besu para os testes por ser apropriada para dar suporte à privacidade das transações.
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