O Citi rebaixou a recomendação da Lojas Renner (LREN3) de compra para neutra, mencionando que o valuation da ação corresponde a 15,2 vezes e 12,3 vezes o múltiplo Preço por Lucro esperado para 2024 e 2025, respectivamente, o que, segundo a casa, não é exigente, mas implica em uma valorização mais limitada (potencial de 10,6%) considerando o preço-alvo de R$ 18,50 (levemente acima do preço-alvo anterior de R$ 18,00).
O banco diz continuar esperando que as vendas no conceito mesmas lojas (SSS) acelerem no quarto trimestre de 2023 por volta de 7,5% (abaixo dos 8,9% esperados anteriormente), com margem bruta estável em relação ao ano anterior (abaixo da alta de 50 pontos-base esperada anteriormente).
Já no braço de financiamento ao consumidor, a Realize, a qualidade do crédito melhorou sequencialmente em outubro, com créditos não performados (NPLs) de mais de 90 dias diminuindo em termos mensais pela primeira vez em 10 meses, destaca o relatório. Para o Citi, os resultados parecem positivos ou mais próximos do ponto de equilíbrio.
“Acreditamos que 2024 parece ser mais um ano desafiador, com as vendas dependendo mais do volume/demanda, enquanto a Renner continua ajustando (limitando) sua oferta de crédito para melhorar a qualidade do portfólio da Realize. O principal risco positivo, em nossa opinião, seria uma menor despesa com vendas, gerais e administrativas (SG&A) resultante do ramp-up total do centro de distribuição Cabreúva (no segundo semestre de 2024) e dos cortes realizados no ano passado”, ponderam os analistas João Pedro Soares, e Felipe Reboredo, em relatório enviado a clientes.
O Citi diz ainda que não recomenda venda para a Renner por acreditar que a varejista é “uma empresa de qualidade, com alta liquidez e sólido balanço”. Soares e Reboredo avaliam que os resultados provavelmente devem melhorar em 2024 e, dependendo do ritmo de recuperação, podem ter uma visão mais construtiva sobre o nome.