A Lojas Renner apresentou lucro líquido de R$ 46,8 milhões no primeiro trimestre de 2023, uma queda de de 75,6% em relação ao mesmo período de 2022. O Ebitda total ajustado foi de R$ 251,8 milhões, recuo de 34,3% sobre o primeiro trimestre do ano passado. A empresa pontuou em seu balanço que o Ebitda apresentou retração versus o primeiro trimestre de 2022, “basicamente pelo menor desempenho dos segmentos de varejo e serviços financeiros”.
A queda de lucro líquido foi justificada em função da menor geração operacional dos segmentos de varejo e serviços financeiros. “As despesas adicionais de baixa de ativos de R$ 16 milhões (R$ 10,6 milhões líquidos de impostos) também impactaram este resultado”, complementou a companhia. A receita líquida do varejo foi de R$ 2,3 bilhões, alta de 2,2%. Segundo a empresa, a performance do varejo apresentou leve melhora em comparação com o mesmo período do ano passado. “O cenário macroeconômico ainda desafiador, com pressão inflacionária acumulada, além de endividamento das famílias em patamares recordes têm afetado o poder de compra e hábito dos consumidores”, ponderou no release de resultados.
A inadimplência da Lojas Renner também subiu na comparação com os três primeiros meses de 2022. Os vencidos passaram de 22,1% da carteira total, no primeiro trimestre do ano passado, para 28,3% no primeiro trimestre de 2023. A companhia afirma no documento que esse dado reflete o cenário de inadimplência de mercado, que seguiu desafiador. “O Over 90 (atrasos acima de 90 dias) como proporção da carteira cresceu 0,8p.p. sequencialmente ante o quarto trimestre de 2022, consequência principalmente da volumetria menor do que o esperado na formação de novos créditos”.
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A empresa pontuou ainda que as novas safras mantiveram boa qualidade, ainda que em volumes menores. “O menor consumo no período, dado o cenário macro mais desafiador, uma política de crédito mais conservadora, assim como uma menor base de cartões apta para consumo, levaram a uma menor renovação da carteira”, acrescentaram. Por fim, a companhia comunicou aumento nas perdas líquidas (de 3,5% da carteira total para 5,6%), que decorreu de um maior provisionamento do portfólio em atraso. A cobertura total atingiu 19%, alta de 6,0p.p. versus o apresentado no primeiro trimestre de 2022 e 1,2p.p. acima do quarto trimestre de 2022.