A Rumo reportou lucro líquido de R$ 71 milhões no primeiro trimestre de 2023, impulsionado pela melhora das tarifas e margens, segundo a companhia. Com isso, reverteu o prejuízo de R$ 68 milhões registrado em igual intervalo do ano passado.
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O Ebitda da companhia somou R$ 1,181 bilhão nos três primeiros meses de 2023, alta anual de 17,8%, com margem Ebitda de 49,5%. Em bases comparáveis, em função da venda dos terminais T16 e T19 realizada no quarto trimestre de 2022, o crescimento foi de 26%.
A receita líquida subiu 8% na comparação anual, para R$ 2,384 bilhões. A empresa registrou crescimento em todas as operações, sendo 5% na Operação Norte, 22% na Operação Sul e 15% na Operação de Contêineres.
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Já o volume transportado ficou em 16,1 bilhões de TKU, 11% abaixo do primeiro trimestre de 2022. O resultado reflete “substancialmente eventos atípicos registrados no período”. Entre eles, o aumento da frequência de incidentes criminosos na região da Baixada Santista; atraso na colheita de soja e a interdição da Malha Paulista por sete dias.
“As maiores tarifas registradas no período compensaram a queda de volumes”, destaca o release de resultados. O preço consolidado da tarifa subiu 28% quando comparado ao primeiro trimestre de 2022, a R$ 138/TKUx1000, refletindo a maior competitividade do modal ferroviário, ainda segundo a companhia.
A alavancagem financeira, medida pela dívida líquida/Ebitda, ficou em 2,2 vezes. No trimestre imediatamente anterior, era de 2 vezes. A dívida abrangente líquida somava R$ 9,8 bilhões no final de março ante R$ 9,106 bilhões em dezembro, alta de 7,9%.
O investimento total foi de R$ 928 milhões no trimestre, crescimento de 34%. O capex recorrente somou R$ 324 milhões, 31% acima dos três primeiros meses de 2022, em função de phasing de investimentos no ano passado.
Safras
A Rumo ressalta ainda que, com relação à safra de soja em 2022/23, as projeções apuradas por consultorias especializadas apontam para uma safra recorde no Brasil de 156 milhões de toneladas produzidas, enquanto 95 milhões de toneladas devem ser exportadas. A colheita já está praticamente finalizada, atingindo 92% da área cultivada na terceira semana de abril. Pelo lado da comercialização, apesar de cerca de 70 milhões de toneladas já terem sido comercializadas, o farmer selling ainda se encontra em 47%, cerca de 10 p.p. atrás da média de 5 anos.
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Quanto à safra de milho 22/23, as projeções indicam uma safra recorde de 126 milhões de toneladas no Brasil, e exportações de aproximadamente 49 milhões de toneladas, crescimento de 7% e 10% em relação à safra anterior. Até o momento, as projeções indicam o início da colheita na segunda quinzena de junho nos estados da região Centro-Oeste.
A comercialização ainda se mantém em níveis desacelerados, atingindo 19% da produção esperada, ante a 34% da safra anterior no mesmo período. “As estimativas de produção e produtividade estão sujeitas a revisões, entretanto, apesar de parte das lavouras terem sido semeadas fora da janela ideal do plantio, o desenvolvimento do milho safrinha, por ora, segue em boas condições”, avalia a empresa.