Sabesp e BTG Pactual tiveram altas expressivas após divulgarem resultados recordes no 2º trimestre de 2025. (Foto: Adobe Stock)
Hoje, o pregão da B3 tem dois destaques claros: Sabesp (SBSP3) e BTG Pactual (BPAC11), que figuraram entre as maiores altas do Ibovespa. Às 10h43, as ações da Sabesp avançavam 7,76%, cotadas a R$ 119,58, enquanto as units do BTG subiam 7,07%, a R$ 42,85. O movimento reflete a reação positiva do mercado aos fortes resultados trimestrais divulgados por ambas as companhias e às projeções otimistas de seus executivos.
O CEO da Sabesp, Carlos Piani, destacou que, embora o perfil de investimentos (capex) da Sabesp deva mudar ao longo do tempo, o volume de aportes será mantido.
A empresa prevê desembolsar cerca de R$ 70 bilhões até 2029 para atingir a universalização dos serviços de água e esgoto, meta antecipada em quatro anos em relação ao cronograma original.
“As demandas de obras vão variando, mas o nível de aportes permanece. É uma jornada de longo prazo”, disse Piani.
O CFO da companhia, Daniel Szlak, reforçou que o programa de eficiência é peça-chave para sustentar esses investimentos.
Entre as medidas, citou a redução de descontos para grandes clientes, cujos efeitos devem continuar impactando positivamente os resultados no segundo semestre. Szlak afirmou:
Hoje, a disponibilidade de caixa não é mais um limitador para os investimentos.
Lembrando que a Sabesp encerrou o trimestre com R$ 8 bilhões em caixa – valor que, após captações em julho, subiu para quase R$ 13 bilhões, suficiente para cobrir quatro anos de dívidas.
Os aportes já vêm em ritmo acelerado. No segundo trimestre, a Sabesp investiu R$ 3,6 bilhões, alta de 178% sobre igual período de 2024.
No acumulado do semestre, foram R$ 6,45 bilhões, 137% acima do registrado um ano antes. Desde a privatização, a companhia ampliou o acesso à água potável para mais de 1,3 milhão de pessoas e o tratamento de esgoto para mais de 1,4 milhão, executando R$ 10,6 bilhões e contratando outros R$ 25 bilhões em investimentos.
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No balanço, o lucro líquido atingiu R$ 2,136 bilhões no 2T25, crescimento anual de 76,6%, enquanto o Ebitda (Lucros antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização) subiu 29,4%, para R$ 3,89 bilhões.
A receita líquida avançou 32,8%, somando R$ 8,965 bilhões.
BTG Pactual: recordes em todas as frentes
O BTG Pactual também apresentou um trimestre de números robustos.
O lucro líquido ajustado foi de R$ 4,182 bilhões, alta de 42% em relação ao 2T24 e de 24,2% sobre o 1T25.
A receita total subiu 38% na base anual, alcançando R$ 8,294 bilhões, enquanto o retorno ajustado sobre o patrimônio líquido (ROAE) chegou a 27,1%, acima dos 22,5% de um ano antes.
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O CEO, Roberto Sallouti, afirmou:
O trimestre foi marcado por desempenhos recordes em praticamente todas as linhas de negócios e um ROAE excepcional. Isso reflete nossa capacidade de geração de valor consistente e a solidez do modelo de negócios diversificado.
O Investment Banking teve receita recorde de R$ 782 milhões, alta de 40,2% no ano, impulsionada por operações de M&A e emissões de dívida.
A área de Corporate Lending e Business Banking somou R$ 2,1 bilhões em receitas (+37% em um ano), com carteira total de crédito de R$ 238 bilhões.
Já Sales and Trading faturou R$ 1,9 bilhão (+38% na base anual), apoiado por maior atividade de clientes e gestão eficiente de riscos.
Reação do mercado
Com esses resultados, Sabesp e BTG lideraram as altas do Ibovespa no início do dia, impulsionando o índice, que subia mais de 1%. No caso da Sabesp, o desempenho reforça a confiança na execução do plano de universalização e no ganho de eficiência pós-privatização. Já para o BTG, o trimestre confirma a capacidade de expandir receitas em múltiplos segmentos, mantendo rentabilidade elevada.