

O Safra atualizou seus modelos para as empresas de transmissão de energia, o que resultou em uma elevação da recomendação de Alupar (ALUP11) para “outperform” (equivalente a compra) e um rebaixamento de ISA Energia (ISAE4) para “underperform” (equivalente a venda). Já a recomendação de Taesa (TAEE11) foi mantida em “underperform”.
As atualizações foram feitas para incorporar os resultados mais recentes divulgados pela Taesa e comentar sobre investimentos e portfólio de ativos, além de ajustar as premissas macroeconômicas. Destaque para a incorporação de taxas de desconto mais altas, com Custo Médio Ponderado de Capital (WACC, na sigla em inglês) médio de 10,0%, ante os anteriores 8,9% para ativos de transmissão e 10,8% ante os 9,6% anteriores para geração.
Segundo os analistas Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Mario Wobeto, as ações empresas do setor elétrico estão menos atrativas. A exceção fica com a Alupar, classificada como “Top Pick”, com preço-alvo de R$ 37,10 por Unit.
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Na comparação com as demais transmissoras, Alupar possui taxa interna de retorno (TIR) mais atraente, de 11,5%. Os profissionais ponderam, porém, que, diante da incorporação dos novos projetos da companhia conquistados no Chile e na Colômbia, o endividamento da Alupar deve aumentar nos próximos anos, pressionando o lucro líquido e a geração de caixa, embora os fundamentos permaneçam fortes e a companhia esteja operando com uma margem Ebitda recorrente de 84%.
Já no caso da ISA Energia, o Safra reduziu o preço-alvo em 17,3%, para R$ 34,40 por ação PN. A equipe diz ver a empresa sendo negociada a uma TIR de 9,6%, o que considera “limitado” na comparação a outras opções. Além disso, os analistas alertam que a empresa passará por um período de investimentos pesados, o que deve aumentar a alavancagem e pressionar o lucro líquido temporariamente, limitando assim as distribuições de dividendos.
Já a Taesa teve uma elevação do preço-alvo em 1,3%, para R$ 32,2 por unit. “Embora a companhia deva concluir seu ciclo de investimentos em breve e sua alta capacidade de geração de caixa permita rápida desalavancagem e boa distribuição de dividendos, a vemos negociada a uma TIR real de 8,8%, a avaliação mais exigente dentro do segmento”, escreveram sobre as empresas de transmissão de energia.