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Safra avalia impactos do encerramento de processo para a Copel (CPLE6)

Analistas destacam que o acerto resulta na eliminação de riscos de processos judiciais

Safra avalia impactos do encerramento de processo para a Copel (CPLE6)
Foto: Divulgação/Copel

O acordo fechado pela Copel (CPLE6) no âmbito de um processo arbitral, anunciado na última quinta-feira (25), foi considerado um bom resultado pelos analistas do banco Safra, Daniel Travitzky, Carolina Carneiro e Mario Wobeto, que destacaram que o acerto resulta na eliminação de riscos de processos judiciais.

Pelo acordo, a empresa se comprometeu a pagar R$ 672 milhões, em duas parcelas: em 31 de janeiro deste ano e em março de 2025. Conforme os analistas do Safra, o valor acertado é um pouco superior aos R$ 621 milhões que a Copel mantinha provisionados. Por isso, além de baixar esse montante, a companhia deverá reconhecer um impacto líquido negativo de R$ 51 milhões no resultado do quarto trimestre de 2023. No entanto, os profissionais consideraram o desfecho favorável.

“Embora a empresa reconheça um impacto líquido negativo deste acordo, a perda potencial total envolvida poderia implicar um risco adicional de R$ 955 milhões, que acumulou ajuste pela inflação. Vemos isso como um desenvolvimento positivo do processo de recuperação da empresa, especialmente considerando que o total de passivos contingentes ainda é significativo”, escreveram os profissionais.

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Eles citam que a disputa envolvia uma perda total potencial de R$ 2,9 bilhões, dos quais a empresa registrava, além dos R$ 621 milhões em perda provável, outros R$ 334 milhões como perda possível. “O efeito secundário positivo é uma potencial redução dos riscos extrapatrimoniais com provisões mais baixas no futuro. No terceiro trimestre, a Copel possuía um total de R$ 1,9 bilhão em provisões contabilizadas em seu balanço e mais R$ 3,5 bilhões em passivos contingenciais”, disseram.

O Safra mantém classificação acima da média de mercado (outperform) para Copel, com a visão de que a empresa deverá se beneficiar dos ganhos de eficiência decorrentes da recente privatização, e que a ação é negociada a um preço atrativo. A equipe calcula o preço-alvo em R$ 11,33/ação.

Às 16h15 (horário de Brasília), a ação Copel PNB operava em alta de 0,10%, aos R$ 10,07 por ação.