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Santander Asset quer vender ativos brasileiros para investidores internacionais

A América Latina foi eleita pelo grupo espanhol como foco para o crescimento dos negócios na gestora

Santander Asset quer vender ativos brasileiros para investidores internacionais
Agência do Santander. (Foto: Nilton Fukuda/Estadão)

Santander Asset, gestora de recursos do banco espanhol com 210 bilhões de euros em ativos, começou conversas com investidores internacionais para vender títulos de dívida brasileiros – do governo e de empresas, contou sua presidente, Samantha Ricciardi, em conversa com jornalistas durante conferência internacional do banco.

“Uma das coisas que queremos nos focar agora para o Brasil é a venda de dívida brasileira para investidores internacionais”, afirmou. “Começamos a nos sentar com investidores institucionais para falar das oportunidades. Nada ainda se materializou, mas começamos as conversas.”

A América Latina foi eleita pelo grupo espanhol como foco para o crescimento dos negócios na gestora. Na Santander Asset, o Brasil é o segundo maior mercado, com 29 bilhões de euros em ativos, e o México com 22 bilhões de euros. A Espanha é o primeiro, com 100 bilhões de euros. “A região vai ser o lugar para o crescimento da asset do Santander, tem mais potencial do que tem a Europa”, disse Ricciardi.

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Para crescer na região, haverá três focos. Na personalização, com assessoria de investimentos mais individual. No Brasil, a gestora quer aumentar o número de agentes autônomos de 1400 para 2000 até o primeiro trimestre de 2024. E a meta é que cada um assessore no máximo 100 clientes.

O outro foco é a atenção redobrada em investimentos alternativos – ativos não líquidos. Hoje o banco espanhol tem só 2 bilhões de euros no segmento em uma gestora especifica que criou para estas apostas.

O terceiro foco é atrair mais clientes institucionais, como fundos de pensão, com a meta de dobrar os ativos no segmento nos próximos 5 anos, contou Ricciardi.

No Brasil, a executiva conta que há anos se espera que os fundos de pensão invistam mais no exterior, mas isso não aconteceu. Ao contrário de outros países, o porcentual de ativos das fundações brasileiras em papéis nos Estados Unidos ou Europa é muito menor. No México, é 20% dos ativos e no Chile, 41%. Agora, com os juros em queda, a expectativa é que possa ocorrer maior diversificação. Sempre houve o
entendimento de que essa diversificação internacional é boa, mas com juros de 14%, não fazia muito sentido essa estratégia, observa a gestora.

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O jornalista viajou a convite do Santander

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