O Santander (SANB11) reviu as estimativas para o Grupo Soma (SOMA3) e decidiu manter a recomendação Outperform (equivalente a compra), mas reduziu o preço-alvo para 2024 de R$ 15 para R$ 11. Os analistas avaliam que a empresa vive uma tempestade perfeita, mas seguem com uma perspectiva positiva, pois acreditam que o pior cenário já está precificado e valorizam as entregas da gestão na Hering até agora.
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“Destacamos que, apesar dos desafios macro, o Soma continuou a entregar o ‘turnaround’ (reestruturação) da Hering, com a margem bruta da marca apresentando melhorias materiais durante o segundo trimestre de 2023. Além disso, tanto a Farm Brazil quanto a Farm Global ainda têm muitas oportunidades de crescimento, que, aliadas ao desenvolvimento de marcas como NV, devem apoiar o crescimento de longo prazo do Soma, em nossa opinião”, escrevem os analistas Ruben Couto, Eric Huang e Vitor Fuziharo.
Quantos aos ventos contrários que atingem a companhia, eles destacam que o terceiro trimestre chegou com uma desaceleração sequencial no crescimento das vendas aliada à pressão da margem bruta nas operações que excluem a Hering. “Além disso, em 1º de setembro, o governo brasileiro anunciou a medida provisória (MP) 1.185, que acreditamos que poderia acabar reduzindo ou mesmo eliminando benefícios de imposto de renda relacionados a subsídios relacionados ao ICMS, dos quais o Grupo Soma depende”, afirmam no relatório.
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Eles dizem também que, apesar das notícias negativas em torno do Grupo Soma, especialmente relacionadas a essa MP, a aquisição da Hering gerou R$ 3,7 bilhões em ágio, cuja amortização poderia ser utilizada como escudo fiscal para compensar um aumento na carga tributária da empresa.