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Santander (SANB11) destaca que alta nas taxas traz oportunidades no Tesouro Direto

Para o banco, momento abre espaço para alocação, principalmente em títulos prefixados

Santander (SANB11) destaca que alta nas taxas traz oportunidades no Tesouro Direto
FOTO: ALEX SILVA/ESTADAO

O Santander Brasil (SANB11) destacou o recente aumento da aversão ao risco que tomou conta dos mercados diante das dúvidas para o início do corte de juros nos Estados Unidos, preocupações fiscais no Brasil, trazendo dúvidas sobre o patamar final da Selic, e os conflitos geopolíticos, pressionou as taxas dos títulos públicos e abriu uma janela de oportunidade no Tesouro Direto prefixado e atrelados à inflação,

Na quarta-feira (17) pela manhã, o Tesouro chegou a interromper as negociações diante do avanços nas taxas.

“Este movimento abre espaço para alocação, principalmente em títulos prefixados, desde que o investidor tenha perfil para tomar risco”, afirma Caio Camargo, estrategista de Investimentos do Santander Brasil. Camargo observa que a maior volatilidade do ambiente externo, que acaba afetando o cenário doméstico, pode fazer com que as taxas oscilem bastante – a chamada marcação a mercado – gerando oportunidades de entrada. Além disso, manter os ativos na carteira até a data de vencimento seria uma opção interessante para quem tem horizonte de longo prazo para investir.

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Enquanto nos Estados Unidos a dúvida é sobre o início do ciclo de corte de juros após dados acima do esperado sobre inflação pessoal, no Brasil, o lado fiscal passou a preocupar a partir do momento em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou esta semana que o governo definiu a meta fiscal do próximo ano como déficit primário zero, ante uma previsão de superávit de 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) para 2025.

Considerando o cenário do Departamento Econômico do Santander de que o Banco Central brasileiro deve cortar a taxa básica de juros até 9% no fim de 2024, e mais um ponto porcentual em 2025, as taxas dos títulos prefixados – nesta quinta-feira (18) ao redor de 10% – estão elevadas e os prêmios podem ficar ainda um pouco melhores, avalia o estrategista.

“Pode ser que a marcação de curto prazo sofra um pouco, mas pensando no longo prazo, é um investimento atrativo que pode fazer sentido para todos os investidores, com porcentual de alocação na carteira adequado ao seu perfil”.

Na quarta-feira (17), Campos Neto disse que as dúvidas externas podem levar a uma taxa de juros maior nos Estados Unidos, trazendo “muitas consequências” para o Brasil. A despeito de considerar que o País tá melhor preparado, afirmou que isso não significa que não haverá alguma reprecificação.

A leitura do mercado é de que o BC abandonou a sinalização, o chamado forward guidance, sugerindo uma redução do ritmo de queda da Selic de 0,50 ponto para 0,25 ponto porcentual no próximo Comitê de Política Monetária (Copom).

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Sobre os títulos públicos atrelados ao Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), indicador oficial de inflação do país, Camargo aponta que taxas próximas de 6% acima do índice são boas oportunidades de investimento, e também uma forma de proteção na carteira.

“Se o mercado se estressar demais e tivermos uma inflação mais alta do que o esperado, esse título protege o investidor do possível repique nos preços”, explica.

Independentemente do ânimo dos mercados, o estrategista do Santander lembra que sempre é importante estar adequado ao seu perfil de investidor e com uma carteira bem diversificada. “O momento está um pouco complicado, mas é na adequação ao seu perfil e na diversificação que o investidor vai encontrar proteção e rentabilidade”.