Santander iniciou cobertura da Tyson Foods (TSNF34) com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 66 até 2026, destacando riscos no gado e no frango. (Imagem: Adobe Stock)
O Santander iniciou a cobertura da Tyson Foods (TSNF34) com recomendação neutra e preço-alvo de US$ 66 por ação para o fim de 2026. Isso representa potencial de valorização de 22% em relação à cotação atual de US$ 54,01. Segundo o relatório, a companhia enfrenta riscos importantes ligados ao ciclo da carne bovina nos Estados Unidos e à possibilidade de excesso de oferta no setor de frango.
De acordo com os analistas, “as margens negativas no segmento de carne bovina devem persistir por mais tempo do que o previsto inicialmente”. O relatório aponta que o processo de recomposição do rebanho norte-americano deve levar ao menos dois anos, prolongando o período de custos elevados. A projeção é de perdas operacionais de US$ 504 milhões na divisão de bovinos em 2027, bem acima do consenso de mercado, que espera perdas de apenas US$ 46 milhões.
Embora o negócio de frango tenha sustentado os resultados da Tyson nos últimos trimestres, os analistas alertam para um possível desaquecimento. “Acreditamos que a indústria de frango nos EUA está próxima do pico de ganhos. O aumento da produção, aliado a uma demanda ainda contida, deve pressionar os preços e reduzir margens”, afirmaram.
O relatório ressalta ainda que a Tyson apresenta uma posição sólida no mercado doméstico, sendo a maior produtora de frango, a segunda maior processadora de carne bovina e a terceira de carne suína nos EUA. No entanto, essa concentração também representa fragilidade: “96% dos resultados da Tyson Foods (TSNF34) vêm do mercado norte-americano, o que a torna mais vulnerável a riscos sanitários e comerciais em comparação com concorrentes mais diversificados”, destacaram os analistas.