- A SEC (Comissão de Valores Mobiliários dos EUA) está investigando o negócio de criptomoedas da Robinhood
- Uma das suspeitas é de que o co-fundador da corretora e da Alameda Research, Sam Bankman-Fried, utilizou US$ 546 milhões da Alameda para compra de ações da Robinhood.
A SEC, órgão norte-americano equivalente à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) brasileira, está investigando o negócio de criptomoedas da Robinhood (HOOD), informou a própria empresa. As ações da corretora não mostraram impacto da investigação, pois às 12h18 os papéis da empresa estavam cotados a US$ 9,82, em alta de 1,08%.
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Esse é mais um passo que a agência dos Estados Unidos dá na marcação de território regulatório no mercado cripto. A SEC tem se posicionado como o principal órgão regulador em casos de staking (forma de remuneração para investidores que fornecem suas criptomoedas para ajudar a validar transações em uma rede blockchain), custódia e outras operações envolvendo criptomoedas, uma vez que o entendimento da autarquia é de que essas operações são consideradas valores mobiliários – saiba aqui tudo sobre a polêmica.
A corretora recebeu uma intimação investigativa em dezembro relacionada a suas listagens e custódia de criptomoedas, disse a Robinhood. A investigação da SEC começou logo após a exchange de criptomoedas FTX entrar com pedido de proteção contra credores, gerando uma onda de ações regulatórias. Uma das suspeitas é de que o co-fundador da corretora e da Alameda Research, Sam Bankman-Fried, utilizou fundos de investidores da Alameda para comprar ações da Robinhood.
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A Robinhood se beneficiou da popularização do mercado de criptomoedas durante a pandemia, auxiliando traders menores a surfar na onda de investimentos em criptoativos. Esse movimento, no entanto, está diminuindo após a falência da FTX e de diversas outras exchanges.
A Robinhood está na tentativa de recomprar as ações detidas por Bankman-Fried. Porém, esses papéis estão em disputa judicial após o governo dos EUA apreender 55 milhões de ações da Robinhood, no valor de US$ 525 milhões, que foram compradas com dinheiro emprestado da Alameda.
Os promotores alegaram que as ações da Robinhood foram adquiridas usando fundos de clientes supostamente roubados. Em maio, Bankman-Fried revelou que comprou uma participação de 7,6% na Robinhood e disse na época “achamos que é um investimento atraente”.
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