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Setor de telecom investe R$ 16,2 bilhões no 1º semestre

Os investimentos foram direcionados principalmente para a expansão do sinal de 4G

Setor de telecom investe R$ 16,2 bilhões no 1º semestre
(Fonte: Casimiro PT/Shutterstock)

(Estadão Conteúdo) – O setor de telecomunicações realizou investimentos conjuntos de R$ 8,3 bilhões no Brasil no segundo trimestre de 2021, o que representa um crescimento de 11% em relação ao mesmo período de 2020. Já no acumulado do primeiro semestre deste ano, os investimentos do setor totalizaram R$ 16,2 bilhões, crescimento de 11,7% em relação ao mesmo período do ano passado. Todos os dados são nominais.

Os dados foram divulgados há pouco pelo sindicato que representa as maiores operadoras do País, Conexis Brasil, durante abertura de evento organizado pela entidade, o Painel Telebrasil.

Os investimentos foram direcionados principalmente para a expansão do sinal de 4G, que já alcança 5,4 mil cidades, ou o equivalente a 98,8% da população brasileira. Outro foco dos aportes foram as redes de banda larga, principalmente via fibra ótica, que triplicaram de tamanho nos últimos dois anos, segundo a Conexis.

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O presidente da Conexis, Pietro Labriola, que também é o CEO da TIM Brasil, apresentou os dados de investimentos para logo em seguida defender que a reforma tributária passe a olhar o setor como um serviço essencial e, portanto, revise a carga tributária que chega a aproximadamente 45%.

“Precisamos de uma reforma tributária que reconheça o setor de telecom como um serviço essencial”, declarou o executivo, argumentando que a conectividade é importante para estudantes, trabalhadores, meio acadêmico, entre outros. Ele também citou que a banda larga e a internet móvel são alvos de tantos impostos quanto itens periféricos para o País, como perfumes ou fogos de artifícios.

Labriola também reclamou de um ponto que vem incomodando as operadoras nos últimos anos, que é a competição de serviços de empresas tech sediadas em outros países, como Whatsapp ou Telegram, que oferecem chamadas de voz e vídeo a partir das redes das operadoras locais. Essas empresas são chamadas pelo jargão de over the top (OTTs).

Sem citar nomes, ele apontou que essas empresas não têm obrigações de atender a níveis mínimos de qualidade e padrões de atendimento aos consumidores, nem são sujeitas a taxas para sustentar fundos setoriais – ao contrário do que acontece com as operadoras. “A concorrência entre as teles e os OTTs é desleal diante da nossa carga regulatória”, afirmou Labriola, pedindo que haja isonomia entre as partes.

Em seu discurso de abertura do Painel Telebrasil, Labriola ainda pediu que haja um esforço conjunto para melhorar o ritmo de instalação de antenas no Brasil – fator de que depende de licenciamento das Prefeituras, celeridade dos processos burocráticos locais, além de leis municipais atualizadas. Labriola lembrou que o sinal do 5G exigirá cinco vezes mais antenas do que o 4G.

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