O S&P 500 manteve retornos semelhantes aos de outros períodos, e que, em média, cinco anos após as compras, os ganhos foram significativamente maiores.
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Em nota publicada nesta quinta-feira (9), o Bank of America afirmou que os investidores não precisam se preocupar em adquirir ações norte-americanas, mesmo quando os índices estão em níveis recordes. Segundo o banco, dados das últimas cinco décadas indicam que o S&P 500 manteve retornos semelhantes aos de outros períodos, e que, em média, cinco anos após as compras, os ganhos foram significativamente maiores.
No documento RIC Outlook, a instituição observou que, embora “comprar ações em máximas históricas possa parecer um erro”, as evidências históricas apontam justamente o contrário. O banco ressaltou ainda que, em 2025, os investidores que ignoraram indicadores de sentimento fracos e se concentraram em fundamentos sólidos foram recompensados.
A instituição chamou atenção para a diferença entre o sentimento negativo predominante e a força real da economia, o que, segundo o banco, justifica a manutenção das posições em ações, mesmo em um ambiente de cautela.
O relatório também mencionou que, em setembro, indicadores de confiança e sentimento econômico recuaram levemente, enquanto os dados de atividade real e de mercado financeiro permaneceram estáveis.
Juros e liquidez em destaque
O BofA apontou que as famílias americanas têm hoje os maiores volumes de caixa desde 1991, enquanto as vendas de imóveis existentes se mantêm em níveis semelhantes aos observados durante a crise financeira global. Para o banco, essas duas tendências refletem o impacto das taxas de juros elevadas.
A instituição fez um paralelo com os anos 1980, quando cortes de juros tornaram as hipotecas mais acessíveis, aumentando a liquidez e impulsionando o mercado acionário, o que resultou na duplicação dos preços das ações.
O cenário-base do banco para o fechamento do quarto trimestre prevê rendimentos de 4% nos títulos do Tesouro de 10 anos e um avanço de 3,9% no S&P 500, demonstrando uma visão moderadamente otimista para o restante do ano.