Menos de uma semana após a Moody’s revisar a perspectiva positiva para estável na nota soberana do Brasil de Ba1, a agência de classificação de risco S&P Global Ratings informou nesta quinta-feira (4) que mantém o rating (avaliação que mostra o risco de crédito de uma empresa) do País em BB, com perspectiva estável. Isso significa que a empresa não espera mudanças significativas no rating doméstico num período de aproximadamente dois anos.
Em dezembro de 2023, a agência havia elevado a nota brasileira de BB- para BB. Na ocasião, a mudança foi respaldada pela aprovação da reforma tributária pelo Congresso Nacional. A perspectiva era de que as mudanças na cobrança de impostos ajudaria a reduzir desequilíbrios fiscais e a melhorar as condições econômicas do País. Senadores e deputados debatem agora sobre a implementação das novas regras.
Com a manutenção de hoje, o Brasil segue a dois degraus do selo de bom pagador pela S&P. A equipe econômica tinha a perspectiva de que o País voltasse a ser considerado grau de investimento até o fim do mandato de Lula 3. Pela escala da S&P, a próxima nota é a BB+, quando um país já é considerado de alta qualidade, mas com risco de especulação. O quadro de grau de investimento da agência contém ainda cinco degraus: BBB- (Boa qualidade, mas com menor margem em relação ao BBB), BBB (Boa qualidade), A: (Qualidade alta), AA (Qualidade muito alta) e AAA (Maior qualidade e menor risco de crédito).
Entre as três maiores que acompanham o rating brasileiro também está a Fitch, com nota de BB e perspectiva igualmente estável. Essa posição foi referendada pela agência em junho do ano passado.