A proporção de downgrades feitos pela agência de classificação de risco S&P no primeiro trimestre foi de 50%, mas abaixo da paridade de fevereiro e março, indicando uma tendência recente de melhoria na qualidade do crédito.
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“O otimismo e quedas em taxas de juros aliviaram algumas das pressões recentes sobre empresas com classificação de risco mais baixas, que viram um leve declínio em sua tendência negativa”, disse a agência, ao fazer previsões para o crédito global no trimestre. “Já as empresas com grau de investimento permanecem numa base sólida, com viés negativo apenas ligeiramente acima do seu recente mínimo histórico.”
Segundo a S&P, a classificação de risco ficou equilibrada na maioria das regiões, mas foi consistentemente mais favorável nos mercados emergentes (MEs) por conta do cronograma de vencimento das dívidas e à força do setor corporativo, juntamente a estímulos fiscais substanciais. “A desinflação contínua deve apoiar a melhoria no poder de compra das famílias, o que deve sustentar a demanda doméstica, apoiando ainda mais as receitas corporativas dos Mercados Emergentes à frente”, disse.
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As diferenças regionais nas expectativas de rebaixamento são relativamente pequenas. “A região Ásia-Pacífico está se tornando um caso atípico, mas após as recentes inadimplências entre as construtoras chinesas, os emissores regionais que estão se voltando para um financiamento mais local e com o aumento nos upgrades de grau especulativo desde meados de 2021, o viés negativo caiu nos últimos meses.”
A existência de grandes reservas após o aumento das emissões da era da pandemia e de mais dívida a taxa fixa, garantida com prazos de vencimento muito longos e cupons fixos baixos, proporcionará ventos favoráveis durante um período prolongado.
Em termos setoriais, os emissores que estão com maiores dificuldades são os ligados a bens de consumo. “As inadimplências entre os três principais setores (na categoria, que são bens de consumo, mídia e saúde) representam cerca de 55% de todas as inadimplências no acumulado do ano e são provenientes dos setores de que mais se espera que apresentem aumento de inadimplência no futuro”, disseram.
A agência espera um pico de inadimplência no terceiro trimestre, depois minimizado pelo abrandamento nas taxas de juros e desaceleração no custo de insumos.
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